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Politica Brasil
Segunda - 01 de Janeiro de 2007 às 15:34

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A primeira semana de 2007 vem com uma agenda econômica carregada. Especialmente nos Estados Unidos, importantes indicadores serão conhecidos nos próximos dias.

Logo amanhã, primeiro dia útil do ano, vai ser divulgado o índice ISM de dezembro para o setor manufatureiro norte-americano. Em novembro, esse indicador veio mais fraco que o esperado e repercutiu negativamente nos mercados financeiros.

"Dessa forma, o número de dezembro atrairá ainda mais atenções do que o normal. A expectativa é a de que o índice apresente ligeira melhora", avalia a Link Corretora.

Também na terça será conhecida a ata da última reunião do Fomc --o comitê de mercado aberto do BC americano que decide os juros. A ata pode trazer sinais sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos.

A taxa básica americana está em 5,25% anuais.

No último dia 12 de dezembro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) decidiu manter a taxa básica do país inalterada pela quarta vez consecutiva.

No mês de agosto, o Fed interrompeu um ciclo de dois anos de aperto monetário. O objetivo do mais longo período de alta de juros no país foi o de conter pressões inflacionárias.

"Os investidores vão dar especial atenção à ata do Fomc. A perspectiva de inflação, a desaceleração do mercado imobiliário e a forma como a autoridade monetária americana vê a trajetória atual serão os principais focos das atenções", diz em análise a Link.

Na quinta-feira, os EUA conhecerão o resultado do índice ISM para o setor de serviços, dado também bastante relevante para investidores e analistas avaliarem como anda a economia americana.

Agenda intensa

A sexta-feira será outro dia pesado na semana em termos de eventos econômicos.

Nos EUA, vai ser divulgado o relatório do mercado de trabalho do país.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) vai divulgar o resultado da produção industrial. O dado é importante para os analistas avaliarem com quanto de crescimento o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil pode fechar o ano de 2006.

No caso do relatório de trabalho americano, o mercado poderá avaliar a variação da taxa de desemprego e a evolução da folha de pagamentos.

Esses dados dão uma idéia do nível de aquecimento da economia dos EUA e de possíveis pressões inflacionárias.

Pelas cotações do mercado futuro, cerca de 25% dos investidores entendem que o Fed pode reduzir a taxa básica de juros dos EUA em março. Mas, se os dados do mercado de trabalho mostrarem riscos de pressões indesejáveis nos índices de preços, pode ficar mais distante a possibilidade de os juros caírem na maior economia do mundo.

Para os emergentes, como o Brasil, o melhor é que a taxa de juros dos EUA caia.

Como os títulos do Tesouro norte-americano são os mais seguros do mundo, quando sobem as taxas que pagam, eles acabam por atrair investidores que antes estavam alocados em ações e títulos da dívida de países emergentes.

Um bom exemplo são os meses de maio e junho, quando o Fed sinalizou que elevaria os juros americanos por tempo indefinido.

Naquele período, a Bolsa de Valores de São Paulo perdeu muitos recursos de investidores estrangeiros, que venderam ações, e teve de conviver com quedas fortes em seus pregões.





Fonte: FOL

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