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Novo mandato de Maggi começa com base aliada insatisfeita
Numa solenidade que deverá durar em torno de uma hora, com características bem populares, o empresário Blairo Borges Maggi dá início nesta terça-feira, dia 1º, a mais quatro anos de mandato como governador de Mato Grosso. Não muito diferente do que aconteceu na posse passada, Maggi recomeça o Governo enfrentando insatisfação na sua base aliada - ampliada para a disputa eleitoral de 2006.. Líderes políticos e partidários reclamam na falta de espaço. O PFL é o que mais se queixa e não aceita, por exemplo, que nomes como de Gilberto Goelnner, na Secretaria de Desenvolvimento Rural, e Vilceu Marcheti, que permanece na Secretaria de Infra-Estrutura, sejam da “cota-parte” da sigla.
Novamente, Blairo montou um secretariado – base da administração – com perfil eminentemente técnico. A grande maioria dos seus titulares vêm pelos braços do próprio governador. Utilizando-se do esquema da “velha raposa”, o governador, por exemplo, deu ao PFL as duas secretarias. Contudo, sabe-se que ambos os titulares não gozam de grande transito partidário. “Ele faz do tipo assim: esta secretaria é de vocês, mas eu quero fulano como o secretário. Então, isso não pode ser de forma alguma considerado como indicação do partido” – critica um deputado pefelista.
Marchetti, por sinal, vive as turras com os líderes pefelistas e sempre fala em deixar a sigla. Políticos como Jaime Campos, senador eleito, Humberto Bosaipo e Dilceu Dal’Bosco acham que o secretário “negociou” sua permanência no cargo em nome do partido. Muitos no PFL defendem a expulsão do secretário – o que forçaria Maggi a entregar, de fato, a secretaria para o partido e, automaticamente, comprovar que a Infra-Estrutura é mesmo do PFL. Aliás, desde que Marchetti foi indicado na cota pefelista, ainda no meio da gestão passada, os liberais questionam a postura do secretário e também do governador: muitos achavam – e ainda acham – que a secretaria “está quebrada”, sem poder de investimentos.
Quanto a Goelnner, pior ainda: o suplente de senador, em verdade, é amigo pessoal de Maggi. Como governador, Gilberto Goelnner é produtor rural no Sul de Mato Grosso. “Eles fazem negócios” – acrescentou o pefelista revoltado. O novo secretário, inclusive, entrou na polítca – assim como o atual prefeito de Rondonópolis, Adilson Sachetti, pelas mãos do governador. A bancada de deputados na Assembléia Legislativa é a que mais se queixa pelo fato de Maggi colocar Goelnner como indicação do partido.
A crise com o PFL não é nova. Em verdade, vem muito antes, desde a formação do primeiro secretariado de Maggi. A temperatura dos desentendimentos aumentou depois que a sigla perdeu o controle da Casa Civil, então nas mãos do deputado Joaquim Sucena – não reeleito agora. De lá para cá, PFL e Maggi não conseguiram ter uma convivência pacífica. Em que pese a fidelidade da bancada de deputados no Legislativo – principal meio para se saber, de fato, a repercussão dos desentendimentos – a convivência sempre passou ao largo da cordialidade. A ponto de, na formação da aliança para a reeleição, o PFL ter chegado a assinar uma espécie de “carta compromisso” com o PSDB, principal partido de oposição.
A insatisfação com Maggi, contudo, não se limita ao PFL. Dentro do próprio PPS, partido ao qual o governador ainda se “segura”, a instabilidade é considerada elevada. A falta de preocupação do governador para acomodar algumas situações fáceis de serem resolvidas ficou aparente. Muitos achavam, por exemplo, que Roberto França, segundo suplente da coligação, acabaria retornando ao Legislativo. Especialmente porque ninguém mais aposta “uma ficha” de que Percival Muniz vai sustentar sua luta judicial para permanecer no cargo – o que levaria França para a primeira suplência.
Outro caso profundo: a indicação de Luís Antônio Pagot para a Secretaria de Educação. O cargo estava entregue a Ana Carla Muniz, esposa de Percival. Perdendo o mandato de deputado estadual, Percival ainda assim estaria contemplado. Agora, Muniz se vê livre para até se opor ao governador em sua principal base eleitoral, Rondonópolis. O ainda deputado já articula o seu projeto para retornar a Prefeitura da cidade, em oposição a Adilton Sachetti – apoiado por Maggi.
Novamente, Blairo montou um secretariado – base da administração – com perfil eminentemente técnico. A grande maioria dos seus titulares vêm pelos braços do próprio governador. Utilizando-se do esquema da “velha raposa”, o governador, por exemplo, deu ao PFL as duas secretarias. Contudo, sabe-se que ambos os titulares não gozam de grande transito partidário. “Ele faz do tipo assim: esta secretaria é de vocês, mas eu quero fulano como o secretário. Então, isso não pode ser de forma alguma considerado como indicação do partido” – critica um deputado pefelista.
Marchetti, por sinal, vive as turras com os líderes pefelistas e sempre fala em deixar a sigla. Políticos como Jaime Campos, senador eleito, Humberto Bosaipo e Dilceu Dal’Bosco acham que o secretário “negociou” sua permanência no cargo em nome do partido. Muitos no PFL defendem a expulsão do secretário – o que forçaria Maggi a entregar, de fato, a secretaria para o partido e, automaticamente, comprovar que a Infra-Estrutura é mesmo do PFL. Aliás, desde que Marchetti foi indicado na cota pefelista, ainda no meio da gestão passada, os liberais questionam a postura do secretário e também do governador: muitos achavam – e ainda acham – que a secretaria “está quebrada”, sem poder de investimentos.
Quanto a Goelnner, pior ainda: o suplente de senador, em verdade, é amigo pessoal de Maggi. Como governador, Gilberto Goelnner é produtor rural no Sul de Mato Grosso. “Eles fazem negócios” – acrescentou o pefelista revoltado. O novo secretário, inclusive, entrou na polítca – assim como o atual prefeito de Rondonópolis, Adilson Sachetti, pelas mãos do governador. A bancada de deputados na Assembléia Legislativa é a que mais se queixa pelo fato de Maggi colocar Goelnner como indicação do partido.
A crise com o PFL não é nova. Em verdade, vem muito antes, desde a formação do primeiro secretariado de Maggi. A temperatura dos desentendimentos aumentou depois que a sigla perdeu o controle da Casa Civil, então nas mãos do deputado Joaquim Sucena – não reeleito agora. De lá para cá, PFL e Maggi não conseguiram ter uma convivência pacífica. Em que pese a fidelidade da bancada de deputados no Legislativo – principal meio para se saber, de fato, a repercussão dos desentendimentos – a convivência sempre passou ao largo da cordialidade. A ponto de, na formação da aliança para a reeleição, o PFL ter chegado a assinar uma espécie de “carta compromisso” com o PSDB, principal partido de oposição.
A insatisfação com Maggi, contudo, não se limita ao PFL. Dentro do próprio PPS, partido ao qual o governador ainda se “segura”, a instabilidade é considerada elevada. A falta de preocupação do governador para acomodar algumas situações fáceis de serem resolvidas ficou aparente. Muitos achavam, por exemplo, que Roberto França, segundo suplente da coligação, acabaria retornando ao Legislativo. Especialmente porque ninguém mais aposta “uma ficha” de que Percival Muniz vai sustentar sua luta judicial para permanecer no cargo – o que levaria França para a primeira suplência.
Outro caso profundo: a indicação de Luís Antônio Pagot para a Secretaria de Educação. O cargo estava entregue a Ana Carla Muniz, esposa de Percival. Perdendo o mandato de deputado estadual, Percival ainda assim estaria contemplado. Agora, Muniz se vê livre para até se opor ao governador em sua principal base eleitoral, Rondonópolis. O ainda deputado já articula o seu projeto para retornar a Prefeitura da cidade, em oposição a Adilton Sachetti – apoiado por Maggi.
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251268/visualizar/
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