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Após reeleição, Maggi é interlocutor entre governo e agronegócio
Muito próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi, 50, começa o segundo mandato como interlocutor entre o agronegócio e o governo federal.
Maggi deixará oficialmente o PPS nos próximos dias, mas não anunciou a qual partido deve se filiar. Ele está entre PSB e PL.
Desde de novembro, Maggi se encontrou cinco vezes com Lula. Há pouco mais de um mês, o presidente foi a Mato Grosso, onde passou uma noite na fazenda do governador e inaugurou obras no Estado.
No último encontro, na quarta-feira passada, o governador recebeu de Lula a promessa de liberação de R$ 80 milhões ainda no fim do ano. Para 2007, foi prometida verba para duplicação da BR-364 e pavimentação da BR-163, ao norte do Estado, em direção a Santarém (PA).
Essas estradas federais são as mais importantes para o escoamento de soja.
Para a conversa com Lula na quarta-feira, Maggi levou dois senadores do PFL de Mato Grosso, Jonas Pinheiro e Jaime Campos (eleito neste ano).
Apoio a Lula
A proximidade com o presidente foi estabelecida depois que Maggi, contrariando maioria dos ruralistas de Mato Grosso, declarou apoio à reeleição do petista.
O apoio levou o presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (PE), a exigir a saída de Maggi do partido.
Eleito no primeiro turno, Maggi mudou o desempenho de Lula nas urnas em Mato Grosso. O Estado --primeiro produtor de soja e algodão do país e dono do maior rebanho bovino-- tem pouco mais de 1,54 milhão de eleitores.
No primeiro turno, o candidato a presidente derrotado Geraldo Alckmin (PSDB), então preferido pelo agronegócio, teve 54,82% dos votos válidos, enquanto Lula ficou com 38,65%. Com apoio de Maggi, no resultado final, Lula subiu a 49,69% e Alckmin caiu a 50,31%.
Rei da Soja
Conhecido com o rei da soja, por ser um dos maiores agricultores do Brasil, Maggi defende o ajuste da legislação ambiental para desenvolvimento econômico. Nisso já recebeu apoio público de Lula.
"Eu estou me dedicando, neste mês de novembro e neste mês de dezembro, para ver se eu pego todos os entraves que eu tenho com o meio ambiente", afirmou Lula em evento no dia 21 de novembro, ao lado de Maggi, em Barra dos Bugres (MT).
Dias antes, em encontro com Lula no Planalto, Maggi tinha pedido ajustes na legislação ambiental. O governador nega, porém, que favoreça o desmatamento da floresta amazônica.
Na semana passada, a Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) contestou que 1.120 quilômetros quadrados tenham sido desmatados de agosto a setembro deste ano, como apontaram ambientalistas. Conforme o governo, foram 737 quilômetros quadrados.
Maggi deixará oficialmente o PPS nos próximos dias, mas não anunciou a qual partido deve se filiar. Ele está entre PSB e PL.
Desde de novembro, Maggi se encontrou cinco vezes com Lula. Há pouco mais de um mês, o presidente foi a Mato Grosso, onde passou uma noite na fazenda do governador e inaugurou obras no Estado.
No último encontro, na quarta-feira passada, o governador recebeu de Lula a promessa de liberação de R$ 80 milhões ainda no fim do ano. Para 2007, foi prometida verba para duplicação da BR-364 e pavimentação da BR-163, ao norte do Estado, em direção a Santarém (PA).
Essas estradas federais são as mais importantes para o escoamento de soja.
Para a conversa com Lula na quarta-feira, Maggi levou dois senadores do PFL de Mato Grosso, Jonas Pinheiro e Jaime Campos (eleito neste ano).
Apoio a Lula
A proximidade com o presidente foi estabelecida depois que Maggi, contrariando maioria dos ruralistas de Mato Grosso, declarou apoio à reeleição do petista.
O apoio levou o presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (PE), a exigir a saída de Maggi do partido.
Eleito no primeiro turno, Maggi mudou o desempenho de Lula nas urnas em Mato Grosso. O Estado --primeiro produtor de soja e algodão do país e dono do maior rebanho bovino-- tem pouco mais de 1,54 milhão de eleitores.
No primeiro turno, o candidato a presidente derrotado Geraldo Alckmin (PSDB), então preferido pelo agronegócio, teve 54,82% dos votos válidos, enquanto Lula ficou com 38,65%. Com apoio de Maggi, no resultado final, Lula subiu a 49,69% e Alckmin caiu a 50,31%.
Rei da Soja
Conhecido com o rei da soja, por ser um dos maiores agricultores do Brasil, Maggi defende o ajuste da legislação ambiental para desenvolvimento econômico. Nisso já recebeu apoio público de Lula.
"Eu estou me dedicando, neste mês de novembro e neste mês de dezembro, para ver se eu pego todos os entraves que eu tenho com o meio ambiente", afirmou Lula em evento no dia 21 de novembro, ao lado de Maggi, em Barra dos Bugres (MT).
Dias antes, em encontro com Lula no Planalto, Maggi tinha pedido ajustes na legislação ambiental. O governador nega, porém, que favoreça o desmatamento da floresta amazônica.
Na semana passada, a Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) contestou que 1.120 quilômetros quadrados tenham sido desmatados de agosto a setembro deste ano, como apontaram ambientalistas. Conforme o governo, foram 737 quilômetros quadrados.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251277/visualizar/
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