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Politica Brasil
Sábado - 30 de Dezembro de 2006 às 12:13

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A advocacia no interior de Mato Grosso ganhou um grande impulso nos últimos três anos. Isso graças ao trabalho desenvolvido pelo atual presidente do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Francisco Faiad, que implementou o trabalho iniciado ainda na gestão de Ussiel Tavares.

Como advogado que começou sua profissão em Alta Floresta, no extremo Norte de Mato Grosso, Faiad sabe bem o que é advogar em comarcas onde estrutura é apenas um sonho. Por isso – ele diz – “não medimos esforços para levar o apoio aos profissionais que estão nas comarcas fora da Capital”. No triênio que se encerra como presidente da Ordem, Faiad conversou com praticamente todos os advogados no interior.

“Ao procurarmos implementar o projeto de interiorização da Ordem, aproveitando a experiência que já tínhamos como advogado e como dirigente de subseção de OAB, acredito que fizemos uma opção inteligente. Afinal, estruturar a advocacia no interior, lutando por estrutura nos fóruns, com contratações de servidores e implantação de sistemas modernos de informatização, estamos optando pela abertura de novos mercados de trabalho para os profissionais que estão ingressando na advocacia” – ponderou.

Um exemplo de que a OAB está, de fato, voltada também para o advogado do interior ocorreu no apagar das luzes de 2006 com a indicação pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, do nome de Luís Alcântara para ocupar a vaga de desembargador pelo quinto constiucional da OAB no Tribunal Regional do Trabalho. “Na atual gestão fizemos coisas inéditas: tivemos, por exemplo, a primeira advogada do interior de Mato Grosso ocupando uma vaga no Conselho Federal da OAB. Agora, um advogado do interior ocupará o quinto constitucional da Ordem no TRT. Isso demonstra claramente a nossa preocupação com esse segmento” – diz Faiad, ao fazer uma avaliação sobre o triênio que se finda.

P – Presidente: de zero a dez, qual a nota para a sua gestão à frente da OAB? Francisco Faiad – Eu diria 8,5. Dentro do nosso projeto, dentro daquilo que nos comprometemos com a classe, na nossa eleição, cumprimos praticamente tudo. E ainda avançamos em muitos aspectos. Gostaríamos de ter feito muito mais, porém, há limitações. Por isso, nem tudo que pensamos pudemos realizar; nem tudo aquilo que nos chegou como sugestão, muitas delas interessantes, não pudemos fazer por causa das limitações. Mas, com certeza, com a OAB agora renovada e com novo fôlego iremos procurar implementar tudo aquilo que não pudemos fazer agora.

P – Por exemplo, presidente, o que se deixou de fazer? Faiad – Vou dar um exemplo: o projeto do transporte gratuito para advogados e estagiários no circuito judiciário dentro do Centro Político Administrativo. Essa foi uma sugestão que nos chegou pelo Canal Direto do site da OAB. Não é uma novidade porque já existe em outras grandes capitais, como Brasília e Recife. Mas vimos então a oportunidade de colocar esse projeto aqui, saindo da OAB passando pelo Tribunal Regional Eleitoral, pela Justiça Federal, Complexo Judiciário, Justiça do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho e retornando a OAB. Porém, não foi possível por questões orçamentárias. Mas agora, em 2007, vamos implantar esse projeto.

P – E o que mais o advogado pode esperar da OAB par 2007, além desse transporte gratuito? Faiad – Acima de tudo, uma OAB com muita disposição para lutar pelas questões de interesse da advocacia. Da defesa da profissão a capacitação do funcionário do Judiciário que atende o advogado no balcão de um fórum na comarca mais distante da Capital. Ou seja, em todos os aspectos que envolvem a advocacia. Como foi durante todo esse primeiro triênio. Fomos eleitos para mais uma gestão porque procuramos, de uma forma muito firme, eu, a diretoria da OAB e todo o Conselho Seccional, por estarmos atentos às coisas do advogado e, conseqüentemente, da própria sociedade. Obtivemos 62% dos votos porque fomos aprovados em nossas lutas. Uma das coisas que vamos continuar firmes, alertando, lutando e mobilizando a classe é exatamente a defesa da própria profissão, hoje aviltada por uma campanha sórdida contra a advocacia.

P – O senhor se refere a exclusão exatamente a que? Faiad – Notamos que há tempos há um movimento que visa retirar de nós advogado a essencialidade para a boa distribuição da Justiça. Um campanha infame, que denunciamos várias e várias vezes por onde passamos e que está a exigir de nós mais mobilização e mais esforço organizacional, seja em Mato Grosso, seja em Goiás, Minas, São Paulo, enfim, em todo o Brasil. Pregam por ai – e isso vem se transformando em leis – que o advogado é o grande responsável pelos males da Justiça, que nós atrasamos os processos, que nós livramos da prisão os bandidos, enfim, nos pintam como o demônio que causam os problemas da nação. E isso é uma ment





Fonte: Olhar Direto

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