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Polícia Brasil
Sexta - 29 de Dezembro de 2006 às 07:26

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Um esquema de roubo, locação, falsificação de documentos e receptação de máquinas pesadas (pás-carregadeiras e tratores) que em 1 ano movimentou pelo menos R$ 2,1 milhões, foi desmantelado pelos investigadores da Gerência de Combate a Crimes Especiais (Grisie). Até agora 11 estão presos e sete veículos foram recuperados. Em três casos já se tem a confirmação de que as máquinas foram roubadas.

O delegado Luciano Inácio da Silva, que comandou a ação, prendeu o homem apontado como líder do esquema, Antônio Pereira, comerciante, dono de uma revendedora de carros pesados em Porto Velho. Além dele, um empresário de Várzea Grande está detido por força de prisão temporária (5 dias) expedidas pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Rondon Bassan.

Ele explicou que este tipo de crime vem sendo registrado em Mato Grosso desde 2001, mas que as ações se tornaram mais frequentes nos últimos dois anos, quando 14 máquinas foram roubadas. Em cinco anos, chegam a 19, mas os números podem ser ainda maiores.

Propriedades rurais de Barra do Bugres, Tangará da Serra, Rosário Oeste, Várzea Grande, Diamantino, foram alvos do bando, que agia de maneira extremante articulada. "Parte cuidava do roubo em si, dos reféns, outro segmento confeccionava uma nota fiscal falsa e outra parte era a encarregada do transporte e entrega", diz o delegado. A rota usada pelos criminosos saía de Chapada dos Guimarães, passava pela cidade de Santo Antônio do Trivelato, onde se embrenhavam por meio de estradas vicinais.

Articulação - Chácaras localizadas nas regiões do Ribeirão do Lipa e Novo Colorado serviam como base para o grupo. Lá, máquinas roubadas eram embarcadas em dois caminhões adquiridos pelo grupo para serem "comercializadas". Eram levadas para Porto Velho (RO) e entregues na loja de veículos "Brasil Caminhões", de propriedade de Antônio, segundo o inquérito criminal. Os motoristas, que também vão ser incriminados, receberam o frete de R$ 3,5 mil pago por Antônio.

Falsificação - Para que não tivessem problemas no traslado dos produtos roubados era providenciada uma nota fiscal, junto a uma empresa de revenda de sementes de Várzea Grande, com a descrição da máquina e um contrato comercial (venda ou locação). Posteriormente, era recolhida a taxa de ICMS relativa ao transporte de cargas não cadastradas na Secretaria de Fazenda do Estado. O cuidado servia para que não tivessem problemas com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou fiscais fazendários. A Polícia Civil apreendeu cópia de um contrato de compra e venda, no qual figura como vendedor Sebastião Estevão de Oliveira e como comprador Antônio da Silva Pereira, o documento foi firmado em 25 de junho de 2006. Sebastião é um dos investigados pela ação. Os presos por responder por crimes de roubo, receptação e falsificação de documentos.





Fonte: Gazeta Digital

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