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MT vê desmatamento cair em 2006, diz estudo
O ano de 2006, quem diria, termina com uma boa notícia para o Estado campeão de desmatamento na Amazônia. Medições feitas por um grupo de pesquisadores de Belém e publicadas hoje mostram que a derrubada de árvores em Mato Grosso caiu no segundo semestre, período mais crítico de devastação, e deve continuar caindo em 2007.
Os dados são do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), ferramenta criada pela ONG de pesquisas Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) para monitorar a cobertura florestal em tempo real. Eles indicam que, em outubro, o desmate caiu 59% em Mato Grosso em relação a setembro. Numa comparação com outubro de 2004 e 2005, a queda foi de 45% e 73%, respectivamente.
O trimestre agosto-setembro-outubro teve também uma média de remoção de floresta na Amazônia mato-grossense menor do que nos dois outros anos para os quais existem dados do SAD. Isso é importante, afirmam os pesquisadores, porque é justamente esse o trimestre crítico para o desmatamento. Com as chuvas, que começam a cair no fim do ano, o ritmo da destruição arrefece até abril do ano seguinte. Se a tendência for seguida, o "ano fiscal" do desmatamento que vai de agosto de 2006 a julho de 2007 terá queda na taxa.
"Pode ser, no entanto, que após abril [a derrubada] cresça muito mais rápido", acautela-se Adalberto Veríssimo, co-autor do estudo.
Ele diz não ser possível ainda determinar as razões da queda --que podem passar pela crise do agronegócio em 2006, por ações de fiscalização do governo e pela relativa moralização da Sema, o órgão ambiental estadual, reformado após a Operação Curupira, em 2005.
"É simplista achar que é só ação do governo de um lado e o mercado do outro", diz Veríssimo. "A verdade é que temos muito pouca informação ainda", continua, citando como exemplo o fato de que o SAD não monitora as áreas de cerrado. "Não sabemos se a pressão sobre o cerrado aumentou."
Apesar da queda na taxa, 92% do desmatamento visto em Mato Grosso em outubro foi ilegal. Quase um quarto dessa derrubada clandestina foi feita em assentamentos rurais.
Usando dados do Inpe, o grupo do Imazon também montou um mapa das regiões críticas de desmate no Estado (veja quadro à esq.). A análise mostrou que em meros 17% da área analisada há mais de 80% de florestas em pé. Os dados estão na internet (www.imazon.org.br).
Os dados são do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), ferramenta criada pela ONG de pesquisas Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) para monitorar a cobertura florestal em tempo real. Eles indicam que, em outubro, o desmate caiu 59% em Mato Grosso em relação a setembro. Numa comparação com outubro de 2004 e 2005, a queda foi de 45% e 73%, respectivamente.
O trimestre agosto-setembro-outubro teve também uma média de remoção de floresta na Amazônia mato-grossense menor do que nos dois outros anos para os quais existem dados do SAD. Isso é importante, afirmam os pesquisadores, porque é justamente esse o trimestre crítico para o desmatamento. Com as chuvas, que começam a cair no fim do ano, o ritmo da destruição arrefece até abril do ano seguinte. Se a tendência for seguida, o "ano fiscal" do desmatamento que vai de agosto de 2006 a julho de 2007 terá queda na taxa.
"Pode ser, no entanto, que após abril [a derrubada] cresça muito mais rápido", acautela-se Adalberto Veríssimo, co-autor do estudo.
Ele diz não ser possível ainda determinar as razões da queda --que podem passar pela crise do agronegócio em 2006, por ações de fiscalização do governo e pela relativa moralização da Sema, o órgão ambiental estadual, reformado após a Operação Curupira, em 2005.
"É simplista achar que é só ação do governo de um lado e o mercado do outro", diz Veríssimo. "A verdade é que temos muito pouca informação ainda", continua, citando como exemplo o fato de que o SAD não monitora as áreas de cerrado. "Não sabemos se a pressão sobre o cerrado aumentou."
Apesar da queda na taxa, 92% do desmatamento visto em Mato Grosso em outubro foi ilegal. Quase um quarto dessa derrubada clandestina foi feita em assentamentos rurais.
Usando dados do Inpe, o grupo do Imazon também montou um mapa das regiões críticas de desmate no Estado (veja quadro à esq.). A análise mostrou que em meros 17% da área analisada há mais de 80% de florestas em pé. Os dados estão na internet (www.imazon.org.br).
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251846/visualizar/
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