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Meio Ambiente
Sexta - 22 de Dezembro de 2006 às 12:15

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Durante 15 dias uma equipe do Ibama formada por agentes dos Estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais percorreu em média 16 000 km e voou mais de 60 horas na maior operação de fiscalização ambiental já realizada no extremo oeste da Bahia. A operação batizada de “Fogo Cerrado” foi coordenada pela Sub-divisão de fiscalização da Superintendência Estadual da Bahia e envolveu 24 agentes de fiscalização, oito veículos, um caminhão e um helicóptero.

A operação contabilizou 68 notificações, 39 autos de infração, apreensão de quatro caminhões e seis motosserras, embargo de mais de 6 mil ha de cerrado em vias de desmatamento e aplicação de mais de 40 milhões de reais em multas. Os resultados foram apresentados num encontro realizado no auditório do CEAMA (Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente) do Ministério Público da Bahia no dia 19 de dezembro, que envolveu entre outros os Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho além de outras instituições voltadas para a defesa do meio ambiente. Na ocasião alem da apresentação destes resultados foi exibido filme feito durante a operação seguido de um debate sobre as alternativas de proteção para o cerrado baiano.

A partir de uma base operacional montada na cidade de Posse em Goiás foram fiscalizadas 78 grandes propriedades localizadas nos entornos do Refúgio da Vida Silvestre Veredas do Oeste e Parque Nacional Grande Sertão Veredas. Essas unidades de conservação são as únicas a proteger o bioma cerrado no Estado da Bahia e estão fortemente pressionadas pelo avanço do agronegócio, representado principalmente pela soja, algodão e milho. A região, caracterizada por um vazio demográfico e grandes latifúndios abriga importantes nascentes de grandes tributários do Rio São Francisco.

Entrecortado por veredas extensas o cerrado é a vegetação característica da região que passou a ser ocupada pelo agronegócio a partir de meados da década de 80. A Operação “Fogo Cerrado” utilizou uma metodologia nova na fiscalização do Estado da Bahia ao empregar imagens de satélites nas quais as áreas desmatadas recentemente são identificadas e georeferenciadas, permitindo sua localização por terra a partir da navegação por instrumentos de GPS e mapas. Para áreas muito distantes e de difícil acesso as equipes utilizaram um helicóptero com capacidade para seis pessoas que durante os 15 dias realizou dois vôos diários de reconhecimento e assalto.





Fonte: Ibama

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