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Politica Brasil
Sábado - 16 de Dezembro de 2006 às 17:43

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Do G1 - A CPI dos Sanguessugas aprovou na quinta-feira (14) o relatório final que pede o indiciamento de dez pessoas, sendo seis envolvidos na tentativa da compra de um dossiê contra o PSDB. O relatório também inclui os nomes de José Airton Cirilo, Raimundo Lacerda e José Caubi Diniz, acusados de ligação com a máfia dos sanguessugas, e de Abel Pereira, que seria a ponte do esquema com os tucanos. Aprovado por unanimidade, o relatório apresentado pelo senador Amir Lando (PMDB-RO), que tem dois volumes com cerca de 1.500 páginas, aponta ainda suspeitas contra 58 prefeituras que teriam participado do esquema de compra de ambulâncias superfaturadas por emenda parlamentar. Agora, ele será enviado ao Ministério Público.

Depois de muita discussão, ficou decidido que a CPI pedirá o indiciamento, por formação de quadrilha, de Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Expedido Veloso, Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Hamilton Lacerda, todos envolvidos com a compra do dossiê, que foram apelidados de "aloprados" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já em relação a José Airton Cirilo, Raimundo Lacerda e José Caubi Diniz, que, segundo a CPI, são ligados à máfia dos sanguessugas, e Abel Pereira, acusado de ser a ponte do esquema com os tucanos, o relatório pede o indiciamento por tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e improbidade administrativa.

O relatório não acusa, mas levanta suspeitas de que o dinheiro (R$ 1,7 milhão) usado para comprar o dossiê tenha como origem caixa dois de campanha eleitoral e pede que a Corregedoria-Eleitoral e o Ministério Público investiguem o caso.

O documento, no entanto, não responsabiliza nenhum candidato. "O resultado das investigações conduzidas até o momento não permitem concluir que os candidatos tenham tido conhecimento prévio ou dado anuência a tal plano", diz o relatório.

A CPI levanta suspeitas contra ex-ministros da Saúde, mas não pede indiciamentos por falta de provas.

Sobre as prefeituras, o documento final da CPI enumera 58 de um total de 600, que teriam sido alvos do esquema. Segundo o relatório, o esquema dos sanguessugas "aliciava autoridades municipais para dirigir licitações e favorecer suas empresas".

Em agosto, a CPI aprovou um relatório parcial em que pedia a cassação de 69 deputados e três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Desses, porém, nenhum deve ser cassado pelo Congresso.

Os processos contra os deputados devem ser arquivados por falta de tempo para julgá-los. Já os senadores, Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES), foram absolvidos pelo Conselho de Ética do Senado.





Fonte: G1

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