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Politica Brasil
Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 08:39

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Depois de ter exercido papel fundamental na campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) está sendo cotada, no Palácio do Planalto, como a principal peça da reforma ministerial. Lula tem dito a assessores que a indicação de Marta para um bom ministério - como Saúde ou Cidades - não é só questão de justiça. Para o presidente, é fundamental que o PT tenha uma liderança em São Paulo capaz de rivalizar com os tucanos.

Na avaliação do presidente, com o desgaste político sofrido pelos caciques petistas de São Paulo - José Genoino, José Dirceu, Antonio Palocci e Aloizio Mercadante - resta apostar todas as fichas na ex-prefeita. “Marta terá um papel de destaque no ministério”, afirma um assessor do Planalto. “O presidente é grato a ela, principalmente pelo papel que desempenhou no segundo turno da eleição.”

Embora tenha perdido a eleição para o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, em São Paulo, Lula teve a diferença para o tucano reduzida em relação à primeira etapa do pleito. Dentro não apenas do Palácio do Planalto, mas também do PT a avaliação é que o empenho de Marta foi fundamental para o crescimento da candidatura do petista no Estado.

Marta tem com Lula uma relação de absoluta lealdade. O presidente a apoiou em momentos difíceis até da vida pessoal da petista. Lula foi um dos poucos que não ficaram contra Marta quando ela decidiu se separar do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) em 2001. Enquanto viu muitos “amigos” ficarem ao lado de seu ex-marido, teve apoio de Lula. Ele e a primeira-dama, Marisa Letícia, foram padrinhos de Marta no casamento com o franco-argentino Luís Favre, em setembro de 2003.

Essa não é a primeira vez que o presidente Lula cogita Marta para um ministério. Em 2005, quando a ex-prefeita estava sem cargo público - ela perdeu a campanha pela reeleição à Prefeitura de São Paulo para José Serra (PSDB) -, o presidente pensou em acomodar a petista em seu governo. Acabou desistindo da idéia.

A ida de Marta para um ministério de peso do governo Lula vai ao encontro do projeto político da petista. A ex-prefeita quer voltar a comandar a prefeitura da maior cidade da América Latina em 2008. Para isso, nada melhor do que manter-se à frente de uma importante pasta do governo federal. Até porque sabe que, ao que tudo indica, a briga para retornar à Prefeitura de São Paulo não será nada fácil. É provável que ela rivalize com Alckmin que, embora derrotado na disputa pela Presidência, viu seu cacife eleitoral engordar.

Apesar de Lula considerar que Marta foi a única estrela petista a sair da crise do mensalão sem a imagem arranhada, ela está na linha de tiro do Ministério Público. Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo cancelou os contratos do Túnel Max Feffer sob a alegação de que houve pelo menos 21 irregularidades em diferentes fases da construção





Fonte: AE

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