Relatório anual totaliza 2 mil ações em benefício do meio ambiente
O desenvolvimento da agricultura familiar e de subsistência, fiscalizações ambientais e contra poluição sonora, capacitação de assentados e a discussão de políticas públicas para a construção da Agenda 21 – planejamento que prevê a utilização de um meio ambiente sustentável. Essas e outras ações se destacam dentre as duas mil desencadeadas este ano, pela Coordenação de Educação Ambiental, Fiscalização, Projetos e Agricultura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura da Prefeitura de Várzea Grande.
De acordo com o relatório anual de ações da secretaria, das escolas municipais, 29 receberam a visita da equipe de Educação Ambiental que apresentou aos alunos boas maneiras de convivência com o meio ambiente. Os alunos também ouviram sobre consciência e conservação do lugar em que cada um vive. “Utilizamos vídeos, fotos, cartazes, livros, panfletos, e, atividades interativas como oficinas, palestras e concursos que já alcançaram 25 mil alunos de diversos colégios municipais”, citou o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, José Aguiar Portela.
Uma das atividades que se destacaram entre as recreações para educação ambiental foi o concurso “Transformando em Arte”. Após as palestras as crianças das escolas usaram a criatividade e confeccionaram peças de materiais recicláveis úteis para decoração da casa, cozinha e brincadeiras infantis. As mais interessantes foram premiadas.
Mais de 3 mil mudas de plantas nativas reflorestaram as margens do Rio Cuiabá nos distritos de Bonsucesso, Passagem da Conceição, Pai Abre e Praia Grande. As podas de árvores foram requisitadas por 148 proprietários residências que tiveram as plantas de suas residências podadas e readequadas às espécies nativas da região.
Projetos apoiados pelo Governo Federal, Estadual e Municipal em parceria com o Sebrae, Ministério do Desenvolvimento Agrícola, Fome Zero, entre outros, criaram o Centro de Abastecimento e Comercialização de Várzea Grande, Universidade Rural, projeto Flores Tropicais, Horta Comunitária beneficiando cerca de 3 mil assentados, somando um investimento de R$ 6 milhões. Os cursos de cultivo de frutas e criação de animais renderam à secretaria a capacitação de 2 mil assentados em Várzea Grande.
Os números da Coordenação de Fiscalização contra a Poluição Sonora somaram quase cem, sempre com o objetivo de conscientizar o cidadão em não cometer crimes ambientais. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável recebeu da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) coleta de amostras de solo, distribuição de calcário nos assentamentos e implantação de hortas nas propriedades dos assentados.
Em termos de lei, a iniciativa mais comemorada foi a readequação, atualização e revisão do Código Ambiental aplicado em Várzea Grande. Os trabalhos foram concluídos pela Comissão do Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT). O novo código recebeu o direcionamento do Plano Diretor Participativo (PDP) municipal e será aplicado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura.
Os técnicos da secretaria montaram uma comissão para criar e elaborar as normas e implantar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) com o objetivo de inspecionar os produtos de origem animal e vegetal nas faze de processamento cumprindo os procedimentos da legislação sanitária em vigor, com registro dos produtos fabricados e comercializados em Várzea Grande.
Os produtores rurais assentados receberam curso de qualificação de agentes de sanidade animal. A parceria foi realizada entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) qualificando e multiplicando o agente sanitário a fim de melhorar os índices da vacinação de febre aftosa e outras zoonoses com conhecimentos das técnicas para manuseio e aplicação de defensivos agrícolas e agrotóxicos.
José Aguiar Portela, disse que as iniciativas de 2006 tiveram como foco o aprendizado. “Preocupamos em passar aos produtores rurais conhecimentos que devem fazer parte do cotidiano e evitar que produção sofra perdas com problemas já solucionados por grandes produtores. A qualidade produto deve ser a melhor possível para que possam competir, por igual, no mercado da Baixada Cuiabana e em outras cidades”.
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