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Politica Brasil
Quarta - 13 de Dezembro de 2006 às 14:46

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O advogado José Roberto Leal afirmou que os três petistas ouvidos pela Polícia Federal de Mato Grosso, em São Paulo, negaram envolvimento do diretório paulista do PT na tentativa de compra pelo partido de um dossiê contra políticos tucanos.

Leal disse que a PF já tomou os depoimentos do presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, e dos tesoureiros do partido no Estado e da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente.

Segundo o advogado, os três somente foram chamados para prestar esclarecimentos sobre a campanha do partido ao governo de São Paulo. "Eles desconheciam completamente qualquer situação relativa a dinheiro [para comprar o dossiê]."

Leal ainda negou que tenha havido caixa dois na campanha do PT no Estado.

Para Frateschi, houve uma "armação" contra o PT no escândalo. "Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou.

O petista também negou o envolvimento do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT."

Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha de Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa."

Investigação

A Polícia Federal de Mato Grosso está em São Paulo para dar continuidade à investigação sobre o episódio do dossiê.

O delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito, ainda deve tomar os depoimentos de João Vaccari Neto, segundo suplente do senador Mercadante e homem de confiança de Berzoini, e de dois funcionários da Transbank, empresa que teria feito o transporte do dinheiro encontrado em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.

No entanto, ainda não há confirmação sobre a data destes depoimentos.

Além de tentar descobrir a origem do dinheiro, a PF busca indícios de envolvimento de Berzoini no caso.

No relatório parcial divulgado, Curado aponta que há indícios de que o deputado sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo.

No último dia 4, a Justiça Federal de Mato Grosso decidiu prorrogar em mais 20 dias o inquérito sobre o caso. Assinada pelo juiz federal Jefferson Schneider, a decisão atendeu parcialmente ao pedido da PF, que queria mais 30 dias para concluir as investigações.





Fonte: Folha Online

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