Petistas negam à PF envolvimento com dossiê e inocentam Berzoini
Leal disse que a PF já tomou os depoimentos do presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, e dos tesoureiros do partido no Estado e da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente.
Segundo o advogado, os três somente foram chamados para prestar esclarecimentos sobre a campanha do partido ao governo de São Paulo. "Eles desconheciam completamente qualquer situação relativa a dinheiro [para comprar o dossiê]."
Leal ainda negou que tenha havido caixa dois na campanha do PT no Estado.
Para Frateschi, houve uma "armação" contra o PT no escândalo. "Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou.
O petista também negou o envolvimento do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT."
Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha de Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa."
Investigação
A Polícia Federal de Mato Grosso está em São Paulo para dar continuidade à investigação sobre o episódio do dossiê.
O delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito, ainda deve tomar os depoimentos de João Vaccari Neto, segundo suplente do senador Mercadante e homem de confiança de Berzoini, e de dois funcionários da Transbank, empresa que teria feito o transporte do dinheiro encontrado em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.
No entanto, ainda não há confirmação sobre a data destes depoimentos.
Além de tentar descobrir a origem do dinheiro, a PF busca indícios de envolvimento de Berzoini no caso.
No relatório parcial divulgado, Curado aponta que há indícios de que o deputado sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo.
No último dia 4, a Justiça Federal de Mato Grosso decidiu prorrogar em mais 20 dias o inquérito sobre o caso. Assinada pelo juiz federal Jefferson Schneider, a decisão atendeu parcialmente ao pedido da PF, que queria mais 30 dias para concluir as investigações.
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