<b>AL entrega prêmio Pe. José Ten Cate</b>
Segundo os deputados “a entrega do prêmio estadual de direitos humanos “Pe. José Ten Cate” não é só o reconhecimento do Poder Público àqueles que lutaram – e lutam – pelo reconhecimento e a afirmação de um direito fundamental inerente à pessoa humana, mas é também o coroamento da atuação da Comissão de Direitos Humanos nesta legislatura (15ª) que se encerra. É mais uma mostra da presença da Assembléia Legislativa junto ao povo e às justas e humanitárias causas por ele defendidas”, entendem os dois parlamentares.
O colegiado foi integrado pelos deputados estaduais Mauro Savi e Ságuas Moraes, respectivamente, presidente e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos – CDH da Assembléia Legislativa; Joaquim Ventura Lopes, representante do Fórum Estadual de Direitos Humanos, presidente da Associação de Familiares e Vítimas de Violência e membro da Comissão Pastoral da Terra – CPT; Inácio Werner, representante do Fórum Estadual de Direitos Humanos e membro do Centro Burnier Fé e Justiça e do FORMAD; e os assessores parlamentares Glória Maria G. Muñoz e Petrônio de Aquino Sobrinho.
Na categoria personalidade, o premiado (in memorian) foi Lourenço Fernandes de Almeida, falecido em julho deste ano. O agraciado tem uma história de militância em favor dos direitos humanos, no movimento popular de saúde e na defesa do meio ambiente, mostrando-se ao longo de sua existência um lutador pela organização popular, cidadania participativa, solidariedade entre o ser humano, aplicação incondicional da ética e dedicação às comunidades carentes. Receberam menção honrosa o pastor Teobaldo Witter; a educadora Leiry Maria Rodrigues e a desembargadora Shelma Lombardi de Kato.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI-MT) foi a entidade premiada na categoria organizações sociais. O CIMI é uma organização vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, desenvolvendo suas atividades juntos os povos indígenas do Brasil.
Em Mato Grosso, teve a missão de articular a abrangente defesa dos direitos humanos dos povos, fortalecendo o seu processo de autonomia na construção de um projeto indígena de respeito às tradições culturais juntamente com a defesa da demarcação e preservação das áreas e uma constante luta para a melhoria da assistência às diversas etnias existentes no Estado. A coordenação do CIMI em Mato Grosso está a cargo de Mario Bordigon e Gilberto Vieira dos Santos.
Nesta classe foram agraciados com menção honrosa o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-MT), cuja presidente é Ana Iponema Sotero; o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde (STR-LRV), presidido por Nilfo Wandscheer; e a Ouvidoria de Polícia de Mato Grosso, que tem à sua frente, o Ouvidor de Polícia Auremárcio José Tenório de Carvalho.
Na categoria ações e experiências o tema premiado foi o “Processo de Afirmação do Povo Chiquitano”, com fundamento na luta desenvolvida pelo resgate da identidade, preservação da etnia e sua história e tradições como povo indígena disperso ao longo da fronteira entre o Brasil e a Bolívia. É, na verdade, um processo de luta pelo reconhecimento e respeito que se quer obter junto à sociedade, e até mesmo perante o próprio povo chiquitano, como nação indígena brasileira, meta-fim para superar preconceitos e discriminações.
O prêmio foi criado pela Lei nº 8.116/04 e vai homenagear os defensores – pessoas físicas, entidades e empresas – empenhados na luta em favor da promoção dos direitos humanos em Mato Grosso. Esta é primeira vez que o evento acontece de forma concreta sob a coordenação da Assembléia Legislativa do Estado.
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