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Politica Brasil
Terça - 12 de Dezembro de 2006 às 13:35

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A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana projeto de resolução, já aprovado por sua mesa diretora no último dia 29, que dificulta a reabertura de processos de deputados envolvidos nos escândalos dos sanguessugas e do mensalão, na atual legislatura, que termina no dia 31 de janeiro, quando todos os processos são arquivados. Para reabrir um processo, segundo o projeto de resolução, só se houver um “fato novo”.

A aprovação é dada como certa, dado o número de partidos que a apóiam. Desde o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do governista PCdoB de São Paulo, ao vice-presidente José Thomas Nono, do oposicionista PFL de Alagoas. A “urgência urgentíssima” na tramitação do projeto foi proposta pelo líder do PL, Luciano Castro (RR), com apoio do PT, PMDB, PCdoB, PP e PSC.

Nonô, que foi o primeiro presidente do Conselho de Ética da Câmara e autor da proposta de resolução, defendeu a medida alegando que, ao serem reeleitos, o povo perdoou os envolvidos em escândalos passados. O PL, cujo líder Castro requereu urgência na aprovação, tem três deputados imediatamente beneficiados.

São eles o presidente do partido, Valdemar Costa Neto (SP), acusado de se beneficiar com R$ 10,8 milhões do “valerioduto”, e Wellington Fagundes (MT) e Wellington Roberto (PB), denunciados de se beneficiarem de recursos públicos federais desviados via superfaturamento de ambulâncias compradas por prefeituras. Deste esquema de corrupção que ficou conhecido com sanguessuga, também estariam envolvidos João Magalhães (PMDB/MG), Marcondes Gadelha (PSB/PB) e Pedro Henry (PP/MT). E, como beneficiário do “valerioduto”, o ex-líder do PT Paulo Rocha (PA). Os processos contra eles só poderá ser reaberto com acusações diferentes.





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