Diretoria do Palmeiras gasta alto com troca de técnicos

Ao contratar o oitavo técnico em sua gestão, a atual diretoria do Palmeiras, comandada por Affonso della Monica, atinge quase R$ 2 milhões em gastos com substituições de treinadores. Isso porque haverá nova despesa com a troca de Jair Picerni por Caio Jr., que se soma a desembolsos anteriores.

A um interlocutor, o ex-diretor de futebol Salvador Hugo Palaia disse que a saída de Picerni custaria em torno de R$ 500 mil ao clube. Isso porque faltavam dez meses de contrato. O valor é metade do total que ele receberia até o final.

Outros cartolas dizem que só será paga a rescisão trabalhista, que seria superior a R$ 200 mil.

Além dessas despesas, o clube terá de pagar a multa do contrato de Caio Jr. com o Paraná, que é de R$ 45 mil.

Fato é que a troca ocorre menos de dois meses após a chegada de Picerni, que ganhava R$ 100 mil mensais.

Ao despedir o técnico Tite, em confusão protagonizada por Palaia, o Palmeiras já teve que pagar seus direitos trabalhistas. Com salário de R$ 200 mil, ele ganhou em torno de R$ 400 mil em sua saída.

Mais cara foi a saída de Emerson Leão, que levou quase R$ 300 mil no ato da rescisão. A esse valor, somaram-se R$ 500 mil gastos com as luvas no início do contrato, que eram uma compensação pela ausência de multa por rompimento.

Mais baratos, técnicos como Bonamigo, Candinho e Estevam Soares foram outros que acabaram demitidos, antes da chegada de Leão. Também houve gastos, embora menores.

Não por acaso a atual diretoria já soma R$ 22 milhões em déficit na atual gestão. Contratações caras, jogadores bem pagos encostados e as trocas de técnicos contribuíram para que esse número fosse atingido.

Com exceção da chegada de Caio Jr., Palaia participou das outras negociações em torno de troca de treinadores.

Foi criticado durante dois anos e agora caiu do cargo, por pressões de aliados de Della Monica. Sua saída da diretoria de futebol será oficializada hoje, com a nomeação de Gilberto Cipullo como substituto.