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Politica Brasil
Segunda - 11 de Dezembro de 2006 às 09:42

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Passados seis meses, a CPI das Sanguessugas deverá fechar seus trabalhos com a aprovação de um relatório inconclusivo. O documento final vai ser apresentado pelo relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), na quarta-feira e não vai citar nenhum dos 71 parlamentares cujos nomes foram enviados para julgamento nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado por suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. O texto também deixará de apontar a origem do R$ 1,75 milhão que supostamente seria usados por petistas para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. "Não vou fazer menção ao nome de parlamentares", confirma Lando. "Não temos em momento algum a origem do dinheiro para a compra do dossiê. Se não se descobre a origem do dinheiro, vou dizer o quê? Temos de seguir os passos das investigações da Polícia Federal", diz. "O relatório final não poderá trazer coisas que não descobrimos. Portanto, não haverá grandes surpresas. O que vai ter é uma conclusão a partir das investigações", argumenta o sub-relator da CPI, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). O prazo de funcionamento da comissão vai até o dia 19.

No relatório final, Lando deverá apontar a existência da máfia das ambulâncias desde o segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas vai poupar os ex-ministros da Saúde, sem pedir ao Ministério Público o indiciamento de nenhum dos quatro ex-comandantes da pasta desde 1998 até o ano passado. À exceção do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), todos os ex-ministros dos últimos oito anos estiveram na CPI para depor e negar qualquer envolvimento com o esquema de superfaturamento de ambulâncias. O senador tem dito que há indícios de envolvimento dos ex-ministros Barjas Negri (PSDB) e Humberto Costa (PT). A ligação do tucano seria através do empresário Abel Pereira. Já Costa teria se envolvido com o esquema através de José Airton Cirillo. Lando já avisou, no entanto, que não pretende pedir o indiciamento de nenhum deles. Quer evitar uma guerra no Congresso entre governo e oposição.





Fonte: AE

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