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Politica Brasil
Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 10:57

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu a auxiliares que a situação do ministro da Defesa, Waldir Pires, é “insustentável” devido à crise no setor aéreo e à resistência dos militares ao seu comando. Também acha difícil manter o brigadeiro Luiz Eduardo Bueno, comandante da Aeronáutica, e o general Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Entre os possíveis substitutos de Pires, estariam o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (também cotado para a Justiça) e o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Sardenberg. Lula, no entanto, teria garantido que Pires fica até a reforma ministerial, em janeiro.

O brigadeiro Bueno reuniu-se com Lula para discutir um plano emergencial para a crise aérea. A primeira medida será a compra de mais quatro equipamentos reservas de rádio para os quatro Centros de Controle Integrado do Tráfego Aéreo (Cindactas) — US$ 2,5 milhões cada um. O governo estuda a possibilidade de reativar centros de controle de tráfego regionais, que atuariam como reservas para os Cindactas, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Belém.

Em reunião com comissão de deputados para dar explicações sobre a pane no Cindacta 1, Waldir Pires admitiu que não havia técnico capacitado para resolver o problema, o que só foi superado graças a um técnico francês da empresa Sitti, fabricante do equipamento, que estava em Manaus (AM) e foi convocado às pressas para Brasília. Só ontem um técnico italiano da Sitti chegou ao Brasil. “Esse técnico vai ficar aqui para sempre? A qualquer hora, o problema pode ocorrer de novo”, questionou o deputado Carlos William (PMDB-MG).

Foram definidos os parlamentares que formarão a comissão do Senado sobre a crise aérea: Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), o líder do PSDB Arthur Virgílio (AM), o líder do PMDB, Ney Suassuna (PB), Jefferson Peres (PDT-AM) e Sibá Machado (PT-AC).

Os atrasos levaram ao cancelamento de reunião da Executiva Nacional do PDT na quarta-feira, em Brasília, para discutir a adesão ao governo. O encontro foi remarcado para esta sexta, porque vários integrantes do partido não conseguiram embarcar.

Os atrasos continuaram, mas a situação era mais tranqüila. Boletim divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil informou que, dos 1.175 vôos programados para quinta até as 17h, 509 (43,3%) atrasaram mais de uma hora.





Fonte: O Dia

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