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Politica Brasil
Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 08:13

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Líderes de grandes partidos políticos reagiram com indignação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a cláusula de barreira. Para representantes do PFL e do PSDB, a decisão tomada ontem é um retrocesso.

Vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, eleito vice-governador de São Paulo, lamentou a posição da mais alta corte do País. "Trata-se de um enorme retrocesso. A cláusula de barreira era importante, pois eliminava grande parte dos partidos que funcionam como cartório de registro de candidatos, nada mais do que isso. É uma decisão que incentiva a vida dos picaretas", afirmou Goldman.

Para o vice-presidente do PSDB, a decisão do STF 'restabelece a bagunça' no sistema político-partidário do País. "O estabelecimento da cláusula era um passo importante para que fosse feita uma reforma política no Brasil."

Retrocesso

De Brasília, outros políticos também criticaram a decisão do Supremo. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), condenou a posição dos magistrados.

"Essa decisão dá um passo atrás. A cláusula de barreira era importante para reorganizar o sistema partidário", anotou o pefelista.

O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, evitou comentar o assunto. À noite, assessores alegaram que Garcia estava envolvido na viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Bolívia. Além de presidir o PT, Garcia ocupa o posto de assessor especial de Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto.

A posição de petistas em relação à decisão do Supremo, no entanto, foi a de evitar polêmicas pelo fato de a medida ajudar um importante aliado, o PC do B de Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados, e um dos autores da ação de inconstitucionalidade.

Criada com o propósito de coibir a proliferação de partidos e, principalmente, das legendas de aluguel, a cláusula foi derrubada porque os ministros do STF entenderam que ela tolhia o direito das minorias.

Vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS) avaliou que a cláusula não atingia seu objetivo, pois não distinguia partidos históricos, como o PC do B, de legendas de aluguel. O PMDB deve se posicionar hoje sobre o assunto.





Fonte: AE

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