<b>“Chuva Sim! Pesadelo Não!”, visita áreas consideradas de riscos</b>

A Secretaria Municipal de Defesa e Cidadania está intensificando as ações da campanha “Chuva Sim! Pesadelo Não!”, visitando áreas consideradas de riscos, reforçando a limpeza das bocas de lobo e orientando a população. A campanha “Chuva Sim! Pesadelo Não!”, da Prefeitura de Cuiabá, tem o objetivo de minimizar o máximo possível os efeitos da estação das chuvas na capital. O programa consiste em prevenir a população quanto aos cuidados necessários no período chuvoso.

O grande problema ainda é a falta de consciência e colaboração de alguns moradores, que insistem em jogar lixo em local indevido ou destroem obras realizadas para conter inundações. Este foi o caso do bairro vistoriado, nesta quinta-feira (07/12), pelo coordenador municipal da Defesa Civil, Orçar Amélito, e pela uma equipe da secretaria.

A equipe visitou o bairro Altos do Coxipó, especificamente a Rua 04 na Quadra 20. No local foi preciso construir uma boca de lobo para drenar a água que fica represada no terreno em frente às casas. O problema é que a moradora da casa onde está instalada a “boca do lobo’’ insiste em fechar a obra, provocando alagamento na rua, enchente nas casas, impedindo a passagem de carros e ilhando 17 famílias que vivem na área”.

“Tem dois anos que isto acontece, porque a moradora não quer que a canalização da água da rua passe embaixo do quintal dela. Mas quando ela comprou a casa, a boca de lobo já existia. Então ela bloqueia a passagem da água e prejudica todos que vivem nesta rua. Ela faz isto apenas por pirraça, porque brigou com o vizinho. Até a própria casa dela já foi inundada”, explica a dona de casa, Leomar Cardoso, moradora da rua.

O coordenador da Defesa Civil Municipal conta que sua equipe já esteve lá quatro vezes nas últimas semanas, para desbloquear a “boca de lobo”. “Ela não tem direito de fazer isto. Esta obra já existia antes dela adquirir a residência. O encanamento passa por baixo do terreno dela e não provoca prejuízos nenhum a sua casa”, explica Oscar.

A moradora já foi acionada judicialmente, com a determinação de que está proibida de fechar a “boca de lobo”. “Se ela voltar a fazer isto, prejudicando a todos, será autuada”, informa o coordenador da Defesa Civil, Oscar Amélito.

ORIENTAÇÃO - As ações da campanha “Chuva Sim! Pesadelo Não!” começaram em de outubro, na Regional Sul, especificamente no Parque Jorge, com a limpeza e desobstrução do canal do córrego São Gonçalo. Manter as margens dos córregos limpas e livres de entulhos é fundamental para evitar enchentes nesta época do ano.

Todos os córregos que passam por Cuiabá passaram pelo mesmo processo, com a retirada de entulhos, pneus e demais tipos de lixo que são jogados nas suas margens. Cálculos da prefeitura indicam que Cuiabá produz cerca de 800 toneladas de lixo, diariamente, não coletado. Este lixo é lançado em terrenos baldios, polui córregos e rios, facilitando assim as enchentes em áreas de risco.

Além de ações de limpeza, a Secretaria de Defesa e Cidadania fez um intenso trabalho de educação ambiental junto à população. Cartilhas e panfletos de alertas foram distribuídos para população que vive em áreas de riscos. Foram ministrados palestras em escolas, igrejas, clubes e associações.

O trabalho de orientação foi intensificado junto aos estudantes das escolas municipais. “Aproximadamente 4.500 receberam orientação sobre a prevenção a enchentes. Elas se tornam agentes multiplicadores e são excelentes ficais junto à família e nos bairros onde moram, orientando adultos e informando a Defesa Civil sobre a ocorrência de problemas”, ressalta Andréa Fernandes, coordenadora da campanha.

A campanha faz um apelo para que as pessoas tenham o bom senso de não jogar lixo em locais impróprios, especialmente as margens dos rios e córregos que cortam a cidade. “A participação ativa da população é imprescindível para o êxito da campanha e a conseqüente prevenção de desastres neste período” ressalta Andréa Fernandes.

MONITORAMENTO - A campanha entra agora, que começou a época das chuvas, em um segundo momento. Além da limpeza dos córregos, a Defesa Civil está monitorando ás áreas e bairros considerados de risco. Verificando o nível dos córregos e rios e a situação das casas. “Só saberemos o resultado na campanha nos meses de janeiro, fevereiro e março, que é a época de mais chuva, quando acontecem os maiores problemas. Mas até agora não houve nenhum caso mais grave, indício de que a campanha já está dando um resultado positivo”, finaliza Oscar Amélito.