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Politica Brasil
Quarta - 06 de Dezembro de 2006 às 19:16

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Os servidores públicos pressionaram e o governo estadual fez mudanças no projeto de Reforma Administrativa apresentado à Assembléia Legislativa. O secretário de Administração, Geraldo De Vitto, disse ontem, cinco de dezembro, durante audiência no Poder Legislativo, que o Executivo promoveu modificações no projeto. O documento agora, de acordo com o secretário, se resume a criação dos núcleos sistêmicos do governo.

De Vitto disse ainda que os demais pontos como a extinção de órgãos e funções, aglutinação e transferência de entidades dentro do governo foram retiradas do projeto em trâmite no Legislativo para ser apresentados num segundo momento. Na avaliação do vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) e presidente do Sindicato dos Servidores em Processamento de Dados (SINDPD), Josias Lemes Rodrigues, a decisão do governo é sintomática. “A administração estadual, mesmo sem afirmar, reconheceu que promover uma reforma sem o diálogo com os servidores é um erro estratégico”, frisou Josias Rodrigues. O secretário de Administração, na tentativa de não dar destaque ao erro, alegou “que o governo quis evitar o congestionamento e preferiu não realizar a reforma no afogadilho”.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Gilmar Ferreira Soares, que também participou da mesa de debates na audiência, o recuo do governo Blairo Maggi é uma vitória dos servidores públicos. “Esse projeto é ancorado por vertentes de reformas neoliberalizantes que dão seqüência as políticas aplicadas pelo governo tucano (Fernando Henrique Cardoso)”, destacou Gilmar, lembrando que o objetivo é tornar a máquina do Estado a serviço de grandes empresas que visam apenas o lucro sem se importar com a qualidade do serviço oferecido.

“O governo desistiu nesse momento, mas não tenho dúvida que vai tentar aprovar essa reforma”, assegurou o presidente do Sintep-MT. O sindicalista disse ainda que a educação foi o primeiro alvo dessas reformas em 2004. “O governo Maggi sempre se mostrou ávido na tentativa de minimizar a ação do Estado no oferecimento de um serviço público de qualidade, principalmente na educação”, acrescentou Gilmar, garantindo que o governo só tem respeitado os trabalhadores com muita pressão.





Fonte: 24HorasNews

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