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Politica Brasil
Quarta - 06 de Dezembro de 2006 às 09:51

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O advogado Otto Medeiros, pedirá na Justiça a restituição dos bens da família Vedoin. No pedido, ele questionará pela primeira vez a tese de superfaturamento de preço de ambulâncias que fundamenta a denúncia contra os empresários Darci e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, acusados de chefiarem a máfia dos sanguessugas.

Otto irá protocolar o pedido para restituição dos bens de Darci e Luiz Antônio até o próximo dia 20, quando inicia o recesso na Justiça Federal. Serão apresentados documentos da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério da Saúde e de diversas prefeituras do país que mostrariam que as 756 ambulâncias compradas junto à Planam seguiram as portarias do Ministério da Saúde.

A tese da defesa de Darci e Luiz Antônio Vedoin vem sendo construída desde o mês de agosto, quando Otto iniciou a coleta de informações junto ao Ministério da Saúde, CGU e prefeituras que compraram ambulâncias da empresa através da apresentação de emendas parlamentares. No recurso, não será discutida a denúncia de fraude em licitação que pesa contra os empresários.

"Com as informações que colhemos, cai por terra o pedido para se devolver ao erário o que teria sido desviado através de superfaturamento de preço. Cai também o pedido de seqüestro dos bens. Digo isso porque o preço cobrado seguiu o que manda o Ministério da Saúde", afirmou Otto.

Não será a primeira vez que os advogados pedem a restituição dos bens da família Vedoin. O mesmo já foi feito duas vezes. A novidade é que será a primeira tentativa de derrubar a tese do Ministério Público Federal, que estima desvios de aproximadamente R$ 110 milhões através da compra de mil ambulâncias com preço superfaturado entre 2001 e 2005. Os dois pedidos de restituição de bens feitos logo após o estouro do escândalo alegavam apenas motivos particulares para os recursos, como pagamento de contas familiares.

Os bens foram bloqueados em maio, através de ação penal proposta pelo MPF, logo após estourar o escândalo da máfia das ambulâncias. Otto Medeiros diz que o preço médio pago pelas unidades móveis de saúde foi de R$ 80 mil. "Vamos mostrar que esse valor não era constante, portanto, não houve esquema para superfaturar preço".





Fonte: Mato Grosso Online

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