Lula retoma conversas com partidos para ampliar coalizão
Nesta segunda-feira, Lula terá reuniões com os fiéis aliados PSB e PC do B. Os dois partidos integram a base de sustentação de Lula desde o primeiro mandato, mas vão conversar com o presidente sobre os novos parâmetros da alianças formadas para os próximos quatro anos.
O presidente também deve se reunir com o presidente do PMDB, Michel Temer, que vai formalizar a decisão do partido de integrar a coalizão. "Será feito um encontro formal com o PMDB. O presidente vai chamar depois todos os partidos da coalizão para traduzir os sete pontos que unificaram o governo e essas legendas", disse o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais).
Entre os sete pontos apresentados por Lula para atrair partidos à coalizão estão a aprovação das reformas política e tributária, além da projeção de crescimento de 5% nos próximos anos. O PMDB condicionou o ingresso na coalizão ao cumprimento das metas. Caso o governo não cumpra o prometido, Temer disse que a legenda poderá desembarcar da coalizão a qualquer momento.
Indecisos
Lula também conversa nesta semana com membros do PL, liderados pelo ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, para formalizar o convite para que a legenda integre a coalizão. Embora o partido tenha participado da coligação que elegeu Lula no primeiro mandato, ainda discute se vai integrar o novo formato de apoio ao governo.
"O PL, como direção, não tem sua posição definida para participar da coalizão. Mas o PL é e será uma bancada do governo", disse Tarso.
O Palácio do Planalto também vai insistir nas conversas com o PDT na tentativa de atrair a legenda para a coalizão. Na quarta-feira, o partido reúne sua Executiva nacional, composta por 20 integrantes, que será ampliada com a presença de todos os parlamentares da bancada federal, inclusive dos recém-eleitos.
A Executiva terá que decidir sobre a adesão do partido ao governo de coalizão, mas o resultado terá que ser referendado em uma reunião do Diretório Nacional (cerca de 385 integrantes), prevista para a primeira quinzena de janeiro.
A expectativa de Tarso é que a maioria do partido decida participar da coalizão. "Esperamos que o partido decida sagrar a posição que está mais ou menos definida", disse o ministro.
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