Partido gasta mais do que arrecada e fica deficitário

A prestação de contas apresentada ao diretório por Alexandre Cesar mostra que os R$ 3,8 milhões de dívidas deixadas se referem às campanhas eleitorais de Cuiabá e do interior, além do projeto "O PT quer ouvir você", feito no primeiro semestre de 2004.

Do total, mais de R$ 7 mil se referiam apenas a contas de telefone do diretório e também do comitê eleitoral da campanha da Capital. Além do rombo, Alexandre deixou também um partido deficitário, já que o PT arrecadava mensalmente cerca de R$ 11 mil, porém, tinha despesas fixas de aproximadamente R$ 13 mil.

A arrecadação de R$ 11 mil foi mantida ao longo dos últimos três anos basicamente através do Fundo Partidário, repassado pelo governo federal a todos os partidos políticos registrados legalmente na Justiça. O complemento se deu também através da contribuição exigida aos filiados, deputados estaduais, vereadores, prefeitos e a bancada federal da agremiação.

Diante do rombo herdado, a nova direção alugou outra sede para o diretório estadual em Cuiabá e pagou as dívidas com a proprietária do imóvel somente neste semestre. Deixou o local escolhido por Alexandre, e que custava quase R$ 2 mil mensais, para ficar num lugar mais modesto e 50% mais barato. O novo espaço foi dividido com o diretório de Cuiabá, presidido por Jairo Rocha, para buscar mais economia em detrimento do luxo. (TM)