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Politica Brasil
Domingo - 03 de Dezembro de 2006 às 08:29
Por: Auro Ida

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Partido não esconde interesse em ter pelo menos duas pastas do governo

O principal desafio do governador Blairo Maggi na conversa institucional com os partidos da sua base aliada, será nesta segunda-feira com o PFL. Fortalecido com a eleição de um senador (Jaime Campos) e cinco deputados estaduais (Humberto Bosaipo, Dilceu Dal"Bosco, Zé Domingos, Wallace Guimarães e Gilmar Fabris) os pefelistas querem espaços no segundo governo e, ao contrário das demais agremiações, não escondem essa posição.

"Acho que é natural quem ajudou a ganhar, ajudar a governar", diz Jaime. O presidente regional em exercício do PFL, Oscar Ribeiro, afirma que a legenda espera ser convidada para ocupar ao menos duas pastas.

Há, porém, um clima de tensão provocado pela iniciativa de Maggi convidar os deputados Dilceu Dal"Bosco e Zé Domingos para assumirem, respectivamente, as secretarias de Ciência e Tecnologia (Secitec) e do Desenvolvimento Rural (Seder). Esse fato desgostou os dirigentes do PFL.

Diante disso, os dois recusaram os convites, sob o argumento que o entendimento tem que ser feito com o partido. A conversa com o governador poderá também acabar num impasse, já que tem dirigente defendendo que a indicação dos secretários pefelistas seja de membros sem mandato.

"Será que o governador aceita?", questionou um deputado. Publicamente, Blairo Maggi e Jaime Campos têm evitado trocar farpas. Mas, nos bastidores, os dois têm se "estranhado". Esse fato levou o deputado federal Pedro Henry a sugerir ao chefe do executivo estadual a necessidade de uma reunião urgente com o PFL. "É preciso conversar com Jaime", ponderou.

Para se ter uma idéia da situação, o governador diz que não aceita cobrança, porque, se de um lado, recebeu ajuda do PFL, do outro, elegeu dois senadores pefelistas (Jonas Pinheiro, em 2002, e Jaime Campos, em 2006). A vários interlocutores, Maggi tem dito que não deve nada ao partido de Pinheiro e Campos. Em resposta, o senador eleito anda afirmando que teve apoio do "povão" e que "poucos bacanas votaram em mim", numa referência à turma da botina (grupo político de Maggi). "Quase ninguém do agronegócio me apoiou", tem pontuado.





Fonte: Gazeta Digital

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