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Politica Brasil
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 09:31
Por: Marcia Raquel

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, afirmou ontem que não foi procurado pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos (PFL), que busca a reeleição. O prefeito tucano criticou a atuação da diretoria da AMM no que diz respeito à valorização de Cuiabá. “Não somos procurados para nada, a não ser para pagar a anuidade”, disse Wilson Santos.

Conforme o prefeito, ele também não foi convidado ainda para discutir uma agenda de prioridade dos grandes municípios. “Se for convidado, vamos participar”, respondeu, ao observar que o prefeito de Cuiabá só é convidado a participar quando o assunto é de interesse dos municípios de pequeno porte.

Apesar das críticas, Wilson Santos afirmou que não tem interesse em participar da direção da AMM. Segundo o gestor, a administração de Cuiabá já exige muito tempo e não daria para conciliar as duas atividades.

O presidente da AMM, prefeito de Nova Marilândia, tenta buscar o consenso em torno da sua reeleição. Segundo ele, uma reunião entre os prefeitos das três maiores cidades foi sugerida pelo prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PPS), para a elaboração de uma agenda para contemplar os interesses desses municípios.

A eleição da AMM está prevista para a primeira quinzena de dezembro.

EMENDAS -- O Wilson Santos seguiu ontem para Brasília, onde completaria a romaria em busca de emendas parlamentares para a capital mato-grossense. Hoje é o último dia para a bancada federal apresentar emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) da União para 2007. Segundo o prefeito, os gabinetes dos 11 parlamentares serão percorridos e a prioridade será para as áreas de infra-estrutura, social, emprego, renda e turismo.

Na semana passada, quando esteve em Brasília, o prefeito iniciou a visita aos parlamentares. Conforme Wilson Santos, R$ 40 milhões referente às emendas parlamentares para Cuiabá foram empenhadas este ano. Porém, desse total, até o momento apenas R$ 25 milhões foram executados.

“Esse modelo está errado, tem que acabar. É necessário refazer o pacto federativo de forma a valorizar os municípios, que hoje não tem capacidade de investimento próprio”, avaliou o prefeito ao criticar os recursos destinados à Capital oriundos de emendas.

O prefeito destacou que o modelo atual, que prevê 14% da arrecadação da União para os municípios, 26% para os estados e 60% para a União, é equivocado. O ideal para o prefeito é que a União ficasse com 45%, os municípios com 30% e os estados com 25%. “Hoje, 100% das responsabilidades estão com os municípios, o Estado é abstrato. O Congresso tem que ter coragem para fazer uma reforma tributária correta e justa”, ponderou.

Ainda conforme o prefeito, os estados do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste são tratados pela União como estados de “segunda classe”. “Há uma concentração de renda nos estados mais ricos”, avaliou Wilson Santos.





Fonte: Da Reportagem

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