PT não deve abrir mão de áreas estratégicas

O PT não deve abrir mão de áreas consideradas estratégicas para a legenda nos próximos quatro anos, mesmo sabendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tirar espaço do partido no governo. Para a legenda, conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo, é importante manter ministérios que ficam no Palácio do Planalto, pela proximidade com o presidente.

"Concordamos com o governo de coalizão, entendemos que é importante, mas a hegemonia tem de ser do PT, porque o governo deve ser de esquerda e o PT é hegemônico na esquerda", afirmou o deputado eleito Jilmar Tatto (SP), terceiro vice-presidente do partido, de acordo com o jornal.

Alguns cargos de interesse petista são a direção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), ambos subordinados ao Ministério do Trabalho, comandado pela ala sindicalista do PT.

Os ministérios que têm sede no Palácio do Planalto são considerados estratégicos porque seus ocupantes ficam ao lado do presidente da República e, por isso mesmo, têm mais condições de dar palpites na administração e saber, antes dos outros, o que vai acontecer com seus colegas na Esplanada dos Ministérios.

Os departamentos de inteligência dos bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, também têm mobilizado os petistas. O partido pretende manter, também, o comando da Controladoria-Geral da União (CGU), que foi entregue, no início do primeiro governo Lula, ao petista Valdir Pires, hoje na Defesa. Ainda de acordo com o Estado, o BNDES é outro setor que o PT também não deve abrir mão.