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Politica Brasil
Segunda - 27 de Novembro de 2006 às 09:21

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São Paulo - O PT está decidido a bancar a candidatura própria à presidência da Câmara e enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já autorizou articulações para reconduzir ao cargo o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Os petistas estão convencidos de que devem entrar na briga com o deputado Arlindo Chinaglia (SP), atual líder do governo na Câmara.

Na reunião do Diretório Nacional do PT deste fim de semana, a preocupação foi não exibir divergência, sob a alegação de que nada poderia atrapalhar o bom andamento do governo de coalizão, que tem o PCdoB como um dos parceiros. "É um problema que tem de ser resolvido nos marcos de uma política de coalizão, consultando os outros partidos que integram a base de sustentação do governo", afirmou Marco Aurélio Garcia, presidente interino do PT.

Garcia disse que o PT tem nomes de "alta qualidade", mas negou que o partido já tenha decidido reivindicar a cadeira de Aldo. Chinaglia, no entanto, está em plena campanha. Nas fileiras do PT, o deputado Walter Pinheiro (BA) também está de olho na vaga.

Com 81 deputados eleitos e a segunda maior bancada da Câmara, o PT considera que tem muito mais direito de concorrer ao comando da Casa. Mas Lula quer Aldo, seu ex-ministro da Coordenação Política, porque o considera um colaborador extremamente fiel. "Por que mexer?", perguntou há 11 dias, quando recebeu a comissão política do PT, em Brasília. Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, é "legítimo" o PT pleitear o cargo. Ressalvou, porém, ser necessário "sensibilidade" para saber se a candidatura tem capacidade de aglutinar as forças políticas. "Ao longo do processo, é preciso verificar se há maioria segura", argumentou.

Apesar de defender a candidatura própria do PT, o terceiro vice-presidente do partido, Jilmar Tatto, disse na reunião que os companheiros precisariam agir com cautela. "Não podemos passar o trator nos aliados", comentou. O PT quer formar um "eixo de esquerda" com o PCdoB e o PSB para disputar a hegemonia do governo de coalizão com os peemedebistas.





Fonte: Agência de Notícias

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