Polícia Militar, os dois lados da moeda

A sociedade juarense demonstra preocupação e está assustada com as atitudes mostradas pela imprensa de Juara no caso da tortura sofrida pelo trabalhador Julio César Gomes e cometidas pelo policial militar Luciano Aguiar e colocou isso publicamente na reunião que aconteceu na Câmara Municipal na tarde desta sexta-feira, 24 de novembro.

Outros fatos foram citados e algumas acusações que já foram feitas, como a de que havia um grupo de extermínio em Juara e que os assassinatos do Baianinho e Alexandre teriam sido cometidos por policiais militares. Foi citado o caso de policiais que teriam problemas com bebidas alcoólicas e uso de drogas e que estariam andando armados sem a menor condição psicológica para isso.

Mas, também, não é possível esquecer, que o comando atual retirou de Juara e denunciou policias que estariam causando problemas e envolvidos com ações espúrias, que pegavam propina da sociedade e se beneficiava do cargo para enriquecer ilicitamente, tornando a Polícia Militar de Juara muito mais séria. Que a Polícia Militar é uma instituição centenária e muito séria e que tem em seus quadros homens de bem e cidadãos de caráter.

Exemplos como do cabo Emerson que deixou a população de Novo Horizonte do Norte entristecida com a sua saída e foi merecidamente escolhido pelo Major Róberson para comandar o recém criado Núcleo de Paranorte e que, segundo o vereador Osvaldo Piva, lá a PM está atuando muito bem e a sociedade está gostando. Casos como do policial Tanassoff e do Sargento Brás, também, de Novo horizonte do Norte, que receberam Moção de Aplauso da Câmara por suas atitudes, entre elas a de prender um elemento com quase R$ 30 mil roubados em Juara e entrega-lo junto com o dinheiro quando poderiam ter ficado com ele e dado cabo do elemento sem maiores conseqüências aparentes.

Outras ações que não podem cair no esquecimento é quando eles trabalham horas a mais do que o normal para cobrir a falta de efetivo no quartel e que muitas vezes, já ficaram embrenhados na mata por vários dias atrás de bandidos armados e perigosos, como no caso da quadrilha de assaltantes que veio do Amapá e estava em Tabaporã para cometer uma série de assaltos, onde tiveram confrontos e mataram quatro bandidos e no caso do assalto ao Auto Posto Zulu, tudo isso em defesa da sociedade.

Não podemos agora ver apenas o lado feio e julgar a todos pela atitude de alguns elementos desta corporação, mas se espera, do próprio comando local e da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania do Estado de mato Grosso, uma resposta em defesa da sociedade e dos direitos de cada cidadão, que não haja, como parece que está havendo, uma proteção àqueles que por ventura sejam culpados. Também, não se pode pré-julgar e condenar antes de se ter certeza dos fatos, mas que é importante uma resposta, como deu a Câmara Municipal na tarde desta sexta-feira, que convocou a sociedade para discutir o problema e buscar soluções.

Se A ou B é culpado, que pague pelos crimes cometidos, se é inocente que a sociedade saiba reconhecer e aceitar como cidadão justo e honesto, para que ninguém saia ferido ou magoado e depois quem sofra seja a própria sociedade.

Eles são servidores públicos, devem satisfação aos seus patrões, que somos nós, mas têm obrigações e direitos como qualquer um outro e se este ou aquele é justo, o que não deixa de ser uma obrigação, que seja aplaudido por isso.

Em Juara também temos excelentes policias, em Tabaporã, o Sargento Donizete é querido pela sociedade e o prefeito Rogério Riva quer a sua permanência.