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Politica Brasil
Sexta - 24 de Novembro de 2006 às 07:41

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A decisão do delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, de abrir nova linha de investigação sobre a compra do dossiê Vedoin mostra que a Polícia Federal continua sem pistas sobre a principal questão: a origem do R$ 1,75 milhão que seria usado para pagar o material, apreendido em São Paulo com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha.

Curado decidiu investigar se há conexão entre funcionários da Petrobras e os petistas envolvidos na operação. Ele investigará as ligações telefônicas entre Hamilton Lacerda - ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, acusado de ter levado o dinheiro aos petistas - e o gerente de Comunicação Institucional da Petrobrás, Wilson Santarosa. Também quer saber se há ligação entre dinheiro da estatal repassado a ONGs e a verba para a operação.

Após seis dias em diligências no Rio, houve um 'retrocesso' nas investigações, admitem policiais federais de Cuiabá. O próprio delegado, em entrevista no Rio, informou que terá de fazer 'novo redirecionamento das investigações'.

Ele já tem dúvidas se parte dos US$ 248,8 mil dólares encontrados com os petistas (que integravam o R$ 1,75 milhão) passou pela agência de turismo Vicatur, de Nova Iguaçu. Na apreensão do dinheiro foram encontrados dois pacotes de dólares com notas seriadas, que entraram no Brasil por meio do Banco Sofisa: um de US$ 79 mil e outro com US$ 29 mil.

Relatório da Diretoria de Investigação Financeira da PF em Brasília mostrava que a corretora Dillon havia adquirido exatamente US$ 79 mil dólares do Sofisa e revendido para a Vicatur. Mas o diretor da corretora, Luiz Carlos Fabriani, que foi ouvido no Rio na terça-feira, explicou que apenas US$ 42 mil foram entregues à agência de turismo. O restante foi revendido no mesmo dia ao próprio Sofisa. Como a corretora não registra o número das cédulas que vende, a PF não tem como provar se são os mesmos dólares.

Também sobre R$ 5 mil que seriam do jogo do bicho do Rio há dúvidas. Depois do depoimento do bicheiro Antônio Petrus Kallil, Curado acredita que ele não está envolvido.





Fonte: AE

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