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Politica Brasil
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 14:17

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A vitória do governo ontem na votação da Câmara que derrubou o reajuste de 16,67%, mantendo o índice de 5,91% de aumento para as aposentadorias acima de um salário mínimo pagas pela Previdência Social, mostrou que grande parte do PMDB já está apoiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PMDB, que quer uma maior fatia do ministério no segundo mandato de Lula deu 36 votos, 64,29% dos deputados que participaram da votação, ao índice menor defendido pelo governo.

O resultado da votação da chamada MP dos Aposentados na bancada do PMDB foi muito diferente da verificada em junho passado, quando 50 deputados, 84,75%, votaram para incluir o índice maior de reajuste para os aposentados na medida provisória que aumentou o salário mínimo. Na época, a aprovação dos 16,67% levou o presidente Lula a vetar o reajuste. Na votação de junho, a fidelidade do partido ao governo se limitou a 1,69%, ou seja, apenas um peemedebista que participara da sessão votou afinado com o governo.

Os deputados peemedebistas Osmar Serraglio (PR), Moreira Franco (RJ), Ann Pontes (PR), Gastão Vieira (MA) e Reinhold Stephanes (PR) são exemplos de parlamentares que mudaram de opinião sobre o reajuste de junho para ontem. Eles haviam votado a favor do aumento maior e ontem ficaram com os 5,01% como queria Lula. Além da mudança de voto, o governo pôde contar com a ausência de parlamentares que em junho votaram com a oposição e, ontem, se ausentaram para não ficar evidente a falta de coerência. O peemedebista Eliseu Padilha (PMDB-RS), por exemplo, que é da ala do partido que declara oposição ao governo Lula, votou a favor do índice maior em junho, mas se ausentou na sessão de ontem contribuindo com o Palácio do Planalto.

Na votação de junho, os partidos da base do governo - PT, PMDB, PP, PTB, PL, PSB, PCdoB e PSC - deram 130 votos a favor do índice de 16,67% de reajuste, contrariando o Palácio do Planalto, e ontem, apenas 53. O porcentual refere-se aos que participaram da sessão. Na votação semelhante de junho, o PP não tinha dado nenhum voto a favor do governo. Ontem, a fidelidade do partido foi de 66,52% com 19 votos a favor do índice governistas contra 34,48% ou 10 votos a favor do índice maior proposto pelo PFL.

A posição do PTB também foi parecida com a do PP. Em junho, todos os 22 deputados que participaram da votação, fora as ausências e as obstruções, ficaram contra o governo e ontem apenas 5, ou 20% dos deputados da bancada votaram. O índice de fidelidade foi de 76% dos votos, ou 19 deputados. O PL, que também tinha ficado totalmente contra o governo na votação em junho, foi bastante fiel ontem. Foram 21 votos a favor do governo, 95,45% e apenas um contrário. No PSB a virada também foi surpreendente. Em junho, 87,50% dos deputados do partido que participaram da votação, ou seja, 14 deputados, votaram contra Lula e outros 2 se abstiveram. O partido deu 16 votos, ou 76,19% a favor do índice de reajuste do governo, contra 4 votos, 19,05% a favor dos 16,67%.

Fidelidade

Da base aliada, o PT foi o mais fiel na votação com 96,88% dos votos favoráveis ao índice de 5,01% proposto por Lula. Os petistas Doutora Clair (PR) e Henrique Afonso (AC), no entanto, votaram contra o governo. Em junho, os dois deputados haviam feito obstrução à votação, como orientara o PT na época. Na votação de junho, grande parte da bancada do PT obstruiu a votação, mesmo assim, dos que votaram, 4 deputados (40%) ficaram contra o governo e 3 (30%) a favor.





Fonte: AE

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