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Para oposição, Lorenzetti caiu em contradição na CPI
Brasília - Em quase sete horas de depoimento ontem à CPI das Sanguessugas, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti negaram envolvimento com as negociações de compra do dossiê Vedoin, que conteria acusações contra políticos tucanos. Os dois afirmaram desconhecer a origem do R$ 1,75 milhão que seria usado para adquirir o material.
"Não tenho a menor idéia de onde veio esse dinheiro", disse Lorenzetti, que chefiou a área de inteligência da campanha do presidente Lula à reeleição. Ele insiste em que não teve conhecimento de negociações envolvendo dinheiro. Mas Valdebran, ex-arrecadador de campanhas do PT de Mato Grosso, reafirmou que falou por telefone com alguém chamado Jorge (que seria Lorenzetti) sobre o assunto.
A oposição acha que Lorenzetti caiu em contradição. "O que pôde ser constatado é que estão sendo omitidos dados. Nada foi dito que elucidasse a origem do dinheiro", disse o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Levantamentos mostram que Lorenzetti trocou 105 telefonemas com Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, nos dez dias que antecederam a prisão de Valdebran e Gedimar Passos com o R$ 1,75 milhão em um hotel em São Paulo. Lacerda é suspeito de ter levado o dinheiro aos dois no hotel. "Eles se falam 105 vezes e o Lorenzetti não sabe de nada?", ironizou o sub-relator Júlio Redecker (PSDB-RS).
Nas três horas e meia em que depôs, Valdebran contradisse Lorenzetti no ponto em que afirmou ter conversado com ele pelo telefone de Gedimar. Na ocasião, o ex-assessor de Lula teria dito que as negociações para a compra do dossiê Vedoin estavam concluídas.
Segundo Valdebran, o valor acertado foi de R$ 2 milhões e Lorenzetti o teria orientado a ficar com R$ 1 milhão para pagar pela entrevista da família Vedoin à revista IstoÉ. O restante seria para a compra do dossiê. "Se alguém encontrar algum vínculo meu com esse dinheiro é a mesma coisa que dizer que fui o primeiro homem a pisar na lua", rebateu Lorenzetti, protegido por habeas-corpus que permitiu que não respondesse a questões sobre quebra de sigilo telefônico. Valdebran negou participação na negociação e responsabilizou Gedimar - que alegou motivos de saúde para não depor ontem - e Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil também suspeito.
À CPI, Lorenzetti afirmou ainda que a maior beneficiada com a divulgação dos documentos apontando suposto envolvimento de tucanos com a máfia das sanguessugas seria a candidatura de Mercadante. (Eugênia Lopes e Sônia Filgueiras)
"Não tenho a menor idéia de onde veio esse dinheiro", disse Lorenzetti, que chefiou a área de inteligência da campanha do presidente Lula à reeleição. Ele insiste em que não teve conhecimento de negociações envolvendo dinheiro. Mas Valdebran, ex-arrecadador de campanhas do PT de Mato Grosso, reafirmou que falou por telefone com alguém chamado Jorge (que seria Lorenzetti) sobre o assunto.
A oposição acha que Lorenzetti caiu em contradição. "O que pôde ser constatado é que estão sendo omitidos dados. Nada foi dito que elucidasse a origem do dinheiro", disse o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Levantamentos mostram que Lorenzetti trocou 105 telefonemas com Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, nos dez dias que antecederam a prisão de Valdebran e Gedimar Passos com o R$ 1,75 milhão em um hotel em São Paulo. Lacerda é suspeito de ter levado o dinheiro aos dois no hotel. "Eles se falam 105 vezes e o Lorenzetti não sabe de nada?", ironizou o sub-relator Júlio Redecker (PSDB-RS).
Nas três horas e meia em que depôs, Valdebran contradisse Lorenzetti no ponto em que afirmou ter conversado com ele pelo telefone de Gedimar. Na ocasião, o ex-assessor de Lula teria dito que as negociações para a compra do dossiê Vedoin estavam concluídas.
Segundo Valdebran, o valor acertado foi de R$ 2 milhões e Lorenzetti o teria orientado a ficar com R$ 1 milhão para pagar pela entrevista da família Vedoin à revista IstoÉ. O restante seria para a compra do dossiê. "Se alguém encontrar algum vínculo meu com esse dinheiro é a mesma coisa que dizer que fui o primeiro homem a pisar na lua", rebateu Lorenzetti, protegido por habeas-corpus que permitiu que não respondesse a questões sobre quebra de sigilo telefônico. Valdebran negou participação na negociação e responsabilizou Gedimar - que alegou motivos de saúde para não depor ontem - e Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil também suspeito.
À CPI, Lorenzetti afirmou ainda que a maior beneficiada com a divulgação dos documentos apontando suposto envolvimento de tucanos com a máfia das sanguessugas seria a candidatura de Mercadante. (Eugênia Lopes e Sônia Filgueiras)
Fonte:
Agência de Notícias
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/259225/visualizar/
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