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Internacional
Domingo - 19 de Novembro de 2006 às 10:13

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A Coréia do Norte respondeu neste domingo com a ameaça de uma guerra nuclear aos comentários feitos no início do mês durante um fórum numa base da força aérea em Seul, no qual foi dito que a Coréia do Sul deveria considerar um ataque preventivo como opção para incapacitar o regime norte-coreano.

"O ''ataque preventivo contra o Norte'' significa a provocação de uma guerra nuclear", afirmou um porta-voz do Comitê norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Mãe Pátria, em comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias Coreana (oficial).

A Coréia do Norte se declarou potência nuclear depois de realizar um teste subterrâneo de sua primeira bomba atômica em 9 de outubro, o que desencadeou sanções internacionais e a condenação de numerosas nações, fundamentalmente Estados Unidos, Japão e a vizinha Coréia do Sul.

Os professores da academia da força aérea sul-coreana disseram, em seminário realizado em Seul no início deste mês, que havia chegado a hora da Coréia do Sul estudar "um ataque preventivo" contra a Coréia do Norte.

"Trata-se de uma provocação intolerável contra a DPRK (Coréia do Norte) e um crime traiçoeiro com a intenção de atuar como uma brigada de choque, executando a guerra nuclear americana contra a DPRK", respondeu o porta-voz norte-coreano.

As duas Coréias estão tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-1953, que terminou num frágil armistício, sem a assinatura de um tratado de paz.

Neste domingo, os 21 membros do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) expressaram, em Hanói, "grande preocupação" com o teste nuclear realizado em 9 de outubro pela Coréia do Norte e pediram a retomada das negociações diplomáticas.

Em declaração verbal conjunta lida a portas fechadas, ao fim da cúpula, o bloco regional apoiou as sanções das Nações Unidas contra o regime norte-coreano e pediu a retomada das negociações multilaterais (Coréia do Norte, Coréia do Sul, Rússia, Estados Unidos, China e Japão).

Todos os países que participam das negociações multilaterais, com exceção da Coréia do Norte, são membros da Apec.

No dia 1º de novembro, a Coréia do Norte anunciou que voltaria às negociações com a condição dos Estados Unidos levantarem algumas sanções econômicas.

O Minju Joson, um jornal publicado pelo governo norte-coreano, acusou neste domingo a Coréia do Sul de reunir mais aviões, navios de guerra e mísseis, obedecendo às "ações provocativas" dos Estados Unidos contra a Coréia do Norte.





Fonte: AFP

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