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Politica Brasil
Sábado - 18 de Novembro de 2006 às 22:43

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, disse neste sábado (18) que as pessoas estão exagerando ao falar sobre a crise do partido e afirmou que, se ela existe, é uma discussão interna, considerada saudável. "É preciso mesmo um terremoto para poder sacudir as idéias. Isso não é meu jeito de pessoa, é de idéia", comentou, em entrevista à "Rádio CBN".

Quanto à expressão "refundar o partido", usada pelo governador reeleito pela legenda em Minas Gerais, Aécio Neves, FHC disse que foi uma expressão metafórica, no sentido de voltar ao fundamento, princípio. Ele ainda considerou que o PSDB venceu as eleições nas partes mais desenvolvidas do País, mais unificadas, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul.

Fernando Henrique também não poupou críticas ao PT, dizendo que, hoje, o partido do presidente Lula, que "nasceu aclamado pelas classes populares, passou a ocupar o lugar de partidos conservadores". Ao ser questionado se conversará com Lula, caso seja chamado ao Planalto para tratar de assuntos políticas, o tucano lembrou que o presidente nunca o chamou para conversar. "Lula nunca me convidou para ir ao Planalto em quatro anos de governo. Ele só me ligou uma vez para irmos juntos ao enterro do papa, e eu aceitei." De acordo com o ex-presidente, Lula deve conversar, primeiro, "com o pessoal dele, que está louco por cargos para o segundo mandato".

O tucano ainda afirmou que a oposição do PSDB não vai impedir as realizações do governo Lula. "Nossa oposição será diferente da do PT, que só queria desgastar o governo", disse. FHC criticou novamente o fato de o presidente Lula atribuir os programas sociais à sua gestão, afirmando que eles começaram em seu governo. "No primeiro mandato Lula foi bom de bico. Mostrou grandes realizações na TV, mas, na prática, não foi nada consistente. O governo não tem mostrado eficácia."

Ao final da entrevista, o ex-presidente admitiu que seu partido poderia ter "mostrado com mais vigor", durante a campanha eleitoral, a ineficácia do governo Lula.





Fonte: AE

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