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Meio Ambiente
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 15:51

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Pela primeira vez, pesquisadores cultivaram válvulas cardíacas humanas a partir de células-tronco encontradas no líquido amniótico, o fluido que envolve os bebês no útero - uma abordagem nova, que poderá ser usada para reparar corações com problemas, no futuro. A idéia é criar novas válvulas em laboratório ainda durante a gestação, e tê-las à mão para o implante quando o bebê nascer. O experimento, realizado na Suíça, segue-se a sucessos recentes no cultivo de bexigas e vasos sanguíneos, e sugere que, um dia, as pessoas poderão cultivar peças sobressalentes para o coração.

"Isto poderá abrir um conceito terapêutico novo para o tratamento de problemas cardíacos congênitos", disse o médico Simon Hoerstrup, da Universidade de Zurique, que encabeçou o experimento, divulgado hoje, durante uma conferência da Associação Americana de Cardiologia. No mesmo evento, pesquisadores japoneses disseram ter cultivado válvulas cardíacas em coelhos, usando tecidos dos próprios animais. É a primeira vez que válvulas sobressalentes são obtidas desse modo, disse o principal autor do trabalho, Kyoko Hayashida.

"Não duvido que um dia as técnicas venham a ser usadas em humanos", disse o médico Ziyad Hijazi, da Universidade de Chicago. Um por cento de todos os recém-nascidos a cada ano, ou cerca de um milhão de crianças em todo o mundo, têm problemas cardíacos. Defeitos nas válvulas cardíacas podem ser detectados por ultra-som por volta da vigésima semana de gestação.





Fonte: AP

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