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Politica Brasil
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 15:18

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A Câmara Setorial Temática da Assembléia Legislativa trouxe a Cuiabá o engenheiro agrônomo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), Marcos Caleiro dos Santos, para falar sobre novas alternativas de controle de pragas e doenças na lavoura mato-grossense.

Segundo Marcos Caleiro, as soluções estudadas para esses problemas ainda não estão disponíveis à agricultura brasileira. “Essa pesquisa busca solucionar problemas que aparecem nas lavouras, como pragas e doenças novas que eventualmente ocorrem”, destacou.

Durante a palestra, Marcos Caleiro disse que o desenvolvimento de pesquisas de produto busca encontrar moléculas novas e estabelecer um parâmetro de diferença entre o que é pesquisa inovadora de um produto genérico.

Mato Grosso, segundo Marcos Caleiro, possui pesquisas bem avançadas nesse sentido. As empresas intaladas atuam em programas cooperativos e individuais. “Aqui temos parcerias com a Embrapa. Ela pesquisa produtos de nossa fabricação. Esses programas têm a finalidade de definir ensaios regionais”, destacou.

Com base em princípios ativos, de acordo com Caleiro, 87% dos produtos comercializados no Brasil em peso e toneladas são genéricos e apenas 13% não o são. “É difícil encontrar um produto novo e inovador todos os dias”, destacou.

Para o presidente da CST, José Lacerda o tema agrotóxico precisa ser exaustivamente debatido, em função de Mato Grosso ser um dos maiores produtores agrícolas do país.

“A aplicação do agrotóxico tem que ser adequada, o uso indevido do produto e sua estocagem de forma irregular, fazem com que os produtores acabem cometendo crimes ambientais. Esse é um tema complexo. Não podemos abrir mão dessas discussões”, destacou Lacerda.

Lacerda alertou ainda que o uso indevido do agrotóxico poderá prejudicar uma das maiores reservas subterrânea de água doce do mundo, o “Aqüífero Guarani”. Este, está localizado na região centro-leste da América do Sul, em sua maior parte, em território brasileiro - 2/3 da área total.

“É necessário a formatação de um mecanismo jurídico adequado para a realidade de Mato Grosso. Por isso, tem que ter responsabilidade no uso de agrotóxico. O manuseio tem que ser feito de modo a não causar prejuízo ao meio ambiente”, afirmou Lacerda.

A ANDEF é um órgão que tem a responsabilidade de congregar as ações e pesquisas das 13 associadas. Elas desenvolvem pesquisa básica de moléculas novas em outros países onde estão sediadas. No Brasil realizam pesquisas para as condições de solos, climas, temperaturas e culturas vegetais.

“O papel da associação é acompanhar as pesquisas que são feitas pelas associadas e congregar os esforços no sentido dos interesses nacionais”, observou Caleiro.





Fonte: Da Assessoria

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