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Politica Brasil
Quarta - 15 de Novembro de 2006 às 12:41

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que analisa 67 processos de cassação de parlamentares suspeitos de envolvimento com a compra superfaturada de ambulâncias, teria que ouvir pelo menos 300 testemunhas para concluir a avaliação dos casos segundo as regras de defesa e acusação do órgão.

Isso até o final da atual legislatura, porque a maioria desses deputados não se reelegeu e, se não houver essa urgência, escapará do julgamento político da casa. Continuarão ao longo do próximo ano os processos contra apenas cinco deles: João Magalhães (PMDB-MG), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT) e Wellington Roberto (PL-PB).

Até agora, o conselho tomou depoimentos do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin e da ex-funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino. Um único deputado investigado foi ouvido – João Corrêa (PMDB-AC).

Apesar das regras e da quantidade de testemunhas para serem ouvidas, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), aposta que os casos com provas serão punidos. "Aqui não vai haver injustiça”, promete. “Aqueles que erraram precisam ser punidos, mas os que não fizeram nada precisam ser absolvidos e ter os processos arquivados. As provas na maioria das vezes são insuficientes. Temos pressa e precisamos dar satisfação à sociedade. Aqui não haverá pizza".

Izar também faz coro às críticas sobre o encaminhamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas de alguns casos investigados: “O que os relatores do conselho estão reclamando demais é que a CPI encaminhou para cá casos que não deviam ser encaminhados. Pessoas que não têm a ver com esse episódio, mas já foram punidas. Muitos processos não deveriam estar aqui porque não há provas contra os parlamentares".

Já o Conselho de Ética do Senado analisa os processos de cassação contra Ney Suassuana (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). A previsão é que conselho vote o relatório sobre Suassuna na próxima semana. Os relatores dos processos de Serys e Malta não apresentaram seus pareceres para votação.





Fonte: Agência Brasil

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