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Politica Brasil
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 21:54

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Mesmo depois de a Procuradoria-Geral da República ter indicado a existência da "sofisticada organização criminosa" do mensalão e, mais recentemente, de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter começado a se debruçar sobre o caso, um deputado federal, acusado de embolsar R$ 4,1 milhões do valerioduto, permanece sem ser julgado pelo plenário da Câmara.

José Janene, ex-líder do PP, está de licença médica desde setembro de 2005, argumento que, de alguma maneira, tem postergado a decisão sobre a perda ou não do seu mandato parlamentar.

Com sérios problemas cardíacos, José Janene se afastou do Congresso no ápice do julgamento dos mensaleiros e já tentou anular seu processo de cassação no STF, sem sucesso. Alegava cerceamento de defesa, já que teria se licenciado para tratamento de saúde, e o processo teria continuado com tramitação normal.

Janene se beneficiou de dois fatos para até agora permanecer sem julgamento: a licença médica e as eleições de outubro, que paralisaram de vez as atividades do Congresso Nacional. De todos os citados como beneficiários do esquema do mensalão, apenas Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) foram cassados. Carlos Rodrigues (PL-RJ), José Borba (PMDB-PR), Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PL-SP) renunciaram ao mandato, e outros onze foram absolvidos no plenário em votação secreta: João Paulo Cunha (PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Pedro Henry (PP-MT), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO).

O processo contra Janene tinha até ontem para ser julgado, mas os deputados aprovaram pedido de prorrogação por mais 30 dias e esperam agora reunir quórum suficiente para analisar o caso.





Fonte: Folha Online

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