IBGE: correção de área plantada projeta queda de 5,49% e não 6,5%

O chefe da coordenação de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Flávio Bolliger informou hoje que houve uma modificação no primeiro prognóstico da safra 2007, sobre área plantada. Segundo ele, com as correções nos dados sobre áreas plantadas de cana-de-açúcar e mandioca, a redução na área plantada para 2007 - que é uma avaliação inicial da área plantada ou a plantar -, não é de 6,5%, como foi anunciado no dia 8 de novembro, e sim de 5,49%. Hoje, o IBGE anunciou erratas sobre as informações de área plantada para 2007, em relação a 2006 de dois produtos: cana-de-açúcar, que inicialmente teria redução estimada de 9,76% em sua área plantada em 2007, ante 2006, agora tem incremento de 5,32%; e mandioca, cuja área plantada teria previsão de queda de 17,14% em 2007 ante 2006, agora tem redução estimada de 1,70%.

"Creio que foi a primeira vez que um erro como esse aconteceu", afirmou Bollinger. De acordo com o economista, houve um "equívoco no lançamento de dados" sobre as áreas plantadas dos dois produtos. Ele explicou que os dados errados foram originados de uma comparação errada. "Nos dois produtos, foram comparadas áreas plantadas de 2006 com área a ser colhida em 2007. Esses dois quesitos não são comparáveis. Ou se compara área plantada com área plantada ou área a ser colhida com área a ser colhida", disse.

Ele explicou que cana e mandioca são lavouras de longa duração. Ou seja: nem sempre o que é plantado em um ano vai ser colhido no ano que vem. Algumas culturas de cana, por exemplo, são colhidas quase um ano e meio após plantio. "Muito do que foi plantado em 2006 pode ser colhido só em 2008; algumas áreas foram plantadas no sentido de renovação", disse. No caso da mandioca, ele considerou que alguns agricultores mantém o produto "estocado no subsolo", ou seja, protelam a colheita para mais tarde, para colher o produto mais maduro. "Algumas variações de mandioca exigem até dois anos", disse.