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Politica Brasil
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 19:04

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A exemplo da bancada do PT na Câmara, os senadores petistas querem continuar com espaço em áreas estratégicas do governo. A afirmação foi feita hoje pela líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC). "Não acho que temos de brigar apenas por espaços aritméticos, mas estratégicos", disse a senadora, relacionando, por exemplo, os ministérios da Fazenda e da área social. Ela admite que outro partido pode ficar à frente do Ministério das Cidades, mas entende que o PT precisa ser mantido no comando da Caixa Econômica Federal (CEF), já que a instituição é responsável por viabilizar as políticas públicas traçadas por essa pasta.

Pela análise de Ideli Salvatti, que se baseia em sua própria intuição, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, pode ser deslocado para outro cargo. Mas, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve ser mantida na Casa Civil. "Ela é imexível", observou a senadora. Para Ideli, a ministra teve papel decisivo na condução da crise política que abalou o governo desde a denúncia do pagamento de mensalão a parlamentares em troca de apoio no Congresso. Segundo ela, Dilma cumpriu rigorosamente a orientação de Lula e impediu que a crise contaminasse ou imobilizasse a gestão governamental. "Ela deu conta de tocar o governo na crise", resumiu.

Em relação ao ministério de Relações Institucionais, Ideli Salvatti defende a escolha de alguém que tenha empatia com Lula. Mas esquiva-se a apostar se esse nome poderia ser o do governador petista Jorge Viana (Acre) ou o do ex-ministro Nelson Jobim, do PMDB. Para ela, o ministro Tarso Genro poderia ser deslocado das Relações Institucionais para a Justiça, caso o ministro Marcio Thomaz Bastos decida mesmo se afastar do governo. A líder aposta também que o senador eleito Alfredo Nascimento (PL-AM) volte para o Ministério dos Transportes, apesar de o cargo ser reivindicado pelo PMDB.

Em relação à participação do PMDB no governo, Ideli Salvatti reconheceu que o partido deve ter espaço de peso, lembrando, portanto, que o presidente Lula quer ter mais segurança no Congresso. Para a líder do PT, o presidente não vai aceitar mais que na hora de votação importante, a bancada do PMDB não vote unida com o governo alegando que determinados ministros não representam o partido.





Fonte: AE

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