Delegado vai pedir mais prazo para investigações sobre acidente da Gol

O delegado da Polícia Federal que investiga as causas do acidente com o Boeing da Gol, Renato Sayão, vai entrar hoje com mandado de segurança na Justiça Federal em Sinop (MT) pedindo que a Aeronáutica envie documentação sobre o caso, inclusive os dados da caixa-preta dos dois aviões e gravações de conversas entre os pilotos no momento do acidente.

No encontro com o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, Sayão deve pedir também a prorrogação do prazo das investigações por até 90 dias. O prazo do inquérito terminou no último dia 6.

A Aeronáutica tem prioridade na análise dos dados e só pode enviar os documentos à PF depois de concluídas as investigações. O delegado, entretanto, reclama que, sem os registros de voz dos aviões, não é possível chegar a uma conclusão sobre as causas do acidente.

Sayão conduz o inquérito instaurado em 5 de outubro pela Polícia para apurar as responsabilidades na colisão entre o Boeing e um jato Legacy, no dia 29 de setembro, que provocou a morte dos 154 ocupantes do avião da Gol.

O Boeing da Gol caiu em área de floresta no norte de Mato Grosso quando fazia o vôo 1907, entre Manaus e o Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília. Já o Legacy decolou de São José dos Campos com destino aos Estados Unidos. Depois do choque, os pilotos do jato conseguiram fazer um pouso de emergência e nenhuma das sete pessoas a bordo ficou ferida.