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Nacional
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 08:31

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São Sebastião, Ilhabela e Bertioga, as cidades do litoral norte e da Baixada Santista que registram o maior crescimento populacional são também as mais precárias no tratamento de esgoto e abastecimento de água, segundo o plano diretor da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para o período de 2007-2011.

De acordo com o plano, quase R$ 2 bilhões deverão ser investidos para mudar uma realidade frustrante para freqüentadores das praias paulistas.

Segundo “O Estado de S. Paulo”, em média, apenas 28% do esgoto do litoral norte é tratado. Na Baixada, o índice sobe para 56% graças a Santos, a 85 km da capital, que tem índice de 98%.

Além das soluções individuais de tratamento, caso de alguns condomínios do litoral norte, questões técnicas, como as condições climáticas e a capacidade de diluição dos dejetos também pioram as condições da praias. Em temporadas chuvosas, o esgoto é arrastado pelos córregos mais rapidamente.

“Nos últimos anos, temos registrado praias impróprias em Ilhabela, onde isto nunca tinha ocorrido.”, afirma Cláudia Lamparelli, gerente de Águas Litorâneas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), que faz a análise das condições das praias paulistas.

A situação do abastecimento é mais tranqüila. Graças a investimentos emergenciais na compra de bombas para captar água da Serra do Mar, o número de reclamações de falta d’água caiu nas últimas duas temporadas. Mas ainda há problemas.

“Às vezes somos chamados em Praia Grande porque falta água. Chegamos ao local e verificamos que há água na rede da rua, mas o número de pessoas no prédio é tão grande que a ligação não dá conta”, diz o superintendente de Negócios da Sabesp na Baixada, engenheiro Paulo Roberto de Queiroz, de 54 anos.

No Guarujá, há reclamação de falta de pressão da água, que chega fraca aos prédios. Isso ocorre, conta Queiroz, pelo furto de água das favelas.

De acordo com relatório da Cetesb, a disponibilidade hídrica do litoral não é problema. Só os dois sistemas que abastecem a Baixada Santista - Cubatão e Iguape - tem capacidade para produzir 196 mil litros de água por segundo e o consumo chega a picos de 9 mil na alta temporada, quando sobe 50%.

A questão não é a disponibilidade, e sim os investimentos na ampliação da rede e na coleta da água, problema que deverá ser resolvido em 2011, quando se prevê que todas as obras planejadas pela Sabesp tenham sido realizadas.





Fonte: G1

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