Coronel acusado de tortura recebe apoio de militares
Na quarta-feira, após ser acusada de torturar quatro integrantes de uma família nos anos 70, Ustra recebeu o apoio de militares que consideraram o processo uma "aberração". Os militares argumentam que a Lei de Anistia vale tanto para os opositores do regime ditatorial, quanto para os funcionários dos governos militares, ainda que não tenham sido alvo de ações na Justiça.
"Não existe anistia só de um lado; a anistia só vale para eles?", pergunta o general-de-divisão reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador do Grupo Guararapes. O grupo, com sede em Fortaleza, reúne 463 oficiais das Forças Armadas (32 generais) e 1.020 civis. Um manifesto do Guararapes considera a ação contra Ustra "descabida" e uma "afronta" à Lei de Anistia.
O advogado de Ustra, Paulo Esteves, afirma que o processo traz à tona um assunto que não interessa mais. Segundo ele, durante a ditadura, oposição e militares cometeram "coisas desagradáveis", se referindo a crimes de assalto, seqüestro e morte cometidos pela guerrilha de esquerda.
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