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Polícia Brasil
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 07:35

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O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra é acusado de tortura contra cinco pessoas da mesma família durante a ditadura e desencadeou uma ampla mobilização de oficiais das Forças Armadas em seu apoio. O coronel dirigiu em São Paulo de 1970 a 1974 a seção paulista do Destacamento de Operações de Informações -Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi). Nesse período, pelo menos 40 presos foram mortos no local.

Na quarta-feira, após ser acusada de torturar quatro integrantes de uma família nos anos 70, Ustra recebeu o apoio de militares que consideraram o processo uma "aberração". Os militares argumentam que a Lei de Anistia vale tanto para os opositores do regime ditatorial, quanto para os funcionários dos governos militares, ainda que não tenham sido alvo de ações na Justiça.

"Não existe anistia só de um lado; a anistia só vale para eles?", pergunta o general-de-divisão reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador do Grupo Guararapes. O grupo, com sede em Fortaleza, reúne 463 oficiais das Forças Armadas (32 generais) e 1.020 civis. Um manifesto do Guararapes considera a ação contra Ustra "descabida" e uma "afronta" à Lei de Anistia.

O advogado de Ustra, Paulo Esteves, afirma que o processo traz à tona um assunto que não interessa mais. Segundo ele, durante a ditadura, oposição e militares cometeram "coisas desagradáveis", se referindo a crimes de assalto, seqüestro e morte cometidos pela guerrilha de esquerda.





Fonte: Terra

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