Carlos Alberto quer indenização do Corinthians

Ao contratar a advogada Gislaine Nunes, o apoiador Carlos Alberto não pretende apenas rescindir o contrato com o Corinthians, que vence somente em 16 de janeiro de 2010. Ele quer também uma indenização.

Gislaine deve entrar com uma ação alegando que o clube descumpriu obrigações e por isso quer a rescisão para o apoiador poder procurar outro clube. Como o time alvinegro seria responsabilizado pelo culpado do fim do acordo, vai ser pedido uma indenização próxima ao valor que consta no contrato.

A multa rescisória é de R$ 75 milhões. Gislaine Nunes pretende acionar a Justiça do Trabalho no máximo até a próxima segunda-feira.

O apoiador foi multado em 40% do salário de outubro e teve o contrato suspenso por 29 dias, a partir de 31 de outubro, sem direito a remuneração. O clube alega atos de indisciplina (a discussão com o técnico Emerson Leão no jogo contra o Lanús, na Argentina, pela Sul-Americana) e que ele sumiu nos dias 20, 21 e 23 de outubro e depois viajou para Londres sem avisar.

No documento enviado pelo Corinthians à CBF, ao jogador e ao parceiro MSI, é confirmada a suspensão do contrato de trabalho N 496.367, junto à matrícula da CBF 155.193, e multa. Carlos Alberto não assinou a documentação, por ordem de Gislaine Nunes. Dois funcionários do Corinthians assinaram atrás dos papéis que o jogador os viu e não quis ratificá-los. A data é 6/11/06, 15h55min com nome do primeiro funcionário, 16h50min com firma do segundo.

O departamento jurídico do Corinthians baseou a punição na cláusula décima do contrato de trabalho, que prevê as obrigações que funcionário tem com empregador.

E ignorou o MSI, que no acordo firmado em novembro de 2004 é o responsável pelas decisões no departamento de futebol. Na documentação enviada a Carlos Alberto, diz que o MSI precisa de uma ordem do Timão para tomar atos, como liberá-lo para ir à Europa.