Roberto Jefferson vai defender presidente afastado da Assembléia de Rondônia
A conversa entre os dois aconteceu ontem, durante duas horas, em Porto Velho (RO). Jefferson, que havia chegado um dia antes, partiu da capital logo depois. Ele estava acompanhado de seu irmão, Ronaldo França. A reportagem não conseguiu localizar o petebista. Sua assessoria informou que ele não falaria sobre o assunto.
À Folha, Carlão afirmou que conheceu Jefferson quando ainda pertencia ao PTB. Foi a família do ex-deputado, disse, que indicou sua contratação.
"Ele levou a cópia do processo e vai nos defender agora. A única expectativa que eu tenho é de obter o alvará [de soltura]", afirmou.
Jefferson, que é advogado criminalista, atuará no processo que Carlão sofre por posse ilegal de arma --única acusação que o mantém detido no Centro de Correição da Polícia Militar em Porto Velho.
Em setembro, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) o inocentou da acusação de formação de quadrilha, relativa ao esquema de corrupção. Mas 12 horas depois a PF o prendeu de novo, devido à apreensão de uma pistola 9mm em sua casa. À época, o então advogado de Carlão disse que a arma era de um funcionário do deputado.
O ex-presidente da Assembléia de Rondônia disse que continua detido devido a "interesses" políticos. "Minha prisão foi política. Estou há 97 dias preso, perdi o direito de votar, perdi a eleição."
Carlão se candidatou, neste ano, a deputado estadual. Ele ficou, em número absoluto de votos, entre os 24 melhores colocados, mas, devido ao coeficiente eleitoral, estará fora da nova Assembléia.
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