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Politica Brasil
Quinta - 09 de Novembro de 2006 às 16:23

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O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), entará com uma representação no Ministério Público contra o delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado. O delegado é o responsável pelas investigações do caso da tentativa de compra do dossiê contra tucanos e ontem autorizou a quebra de sigilo telefônico do jornal Folha de S.Paulo.

Para Aleluia, a quebra de sigilo de um jornal vai contra a democracia e a liberdade de imprensa. Ainda para o líder, o delegado também agiu de forma errada. "É evidente que o delegado foi tendencioso e negligente, no mínimo. Para não dizer doloso ao pedir a quebra de sigilo de um órgão de imprensa e de um jornalista", disse Aleluia. O líder disse também que pedirá que o Conselho Nacional de Justiça investigue o caso.

o pedido refletiu fortemente no Congresso nesta quinta-feira. A opinião unânime da oposição é que a atitude feriu a liberdade de imprensa e que os parlamentares têm de se mobilizar contra o fato. "Só faltava essa, um órgão de imprensa tendo sua atividade vigiada. A liberdade de imprensa é um dos atributos da democracia, é uma afronta. O Congresso tem que se levantar contra isso", disse José Agripino Maia (PFL-RN).

Presidente do PT O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, tentou minimizar a atitude de Diógenes. Garcia fez questão de enfatizar que o governo é à favor da absoluta liberdade de imprensa e isentou a PF e o governo de participar do episódio, afirmando que o governo nunca cerceou o trabalho dos jornalistas.

Apesar disso, Garcia afirmou que cabe à Justiça explicar o que motivou o pedido da quebra do sigilo. "O governo tem sido objeto de um ataque fortíssimo da imprensa e tem convivido democraticamente com isso. Qualquer atentado a liberdade de imprensa receberá do governo e do PT uma condenação enérgica", disse.

Dois telefones da empresa Folha da Manhã tiveram os sigilos quebrados pela Polícia Federal nas investigações do dossiegate. Uma das linhas está instalada no comitê de imprensa da Câmara e a outra é um celular de uma repórter.





Fonte: Terra

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