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Nacional
Quinta - 09 de Novembro de 2006 às 16:15

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Dirigentes das seis centrais sindicais decidiram hoje (9) unir-se para pressionar o governo federal e o Congresso Nacional a aumentarem a correção do salário mínimo e corrigir as faixas da tabela do Imposto de Renda (IR). Eles marcaram uma passeata em Brasília no dia 6 de dezembro.

O encontro das lideranças sindicais foi realizado na sede da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), em São Paulo. Participaram a Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a Social Democracia Sindical (SDS).

Os sindicalistas querem que o novo mínimo seja de R$ 420, e a garantia de que o seu pagamento seja antecipado para março de 2007, conforme acerto entre as lideranças sindicais e os ministérios da Fazenda e do Trabalho. Além disso, as centrais pedem uma política permanente de valorização do salário mínimo.

Os dirigentes sindicais também querem o reajuste da tabela do IR em 7,77%, correção que segundo eles zeraria as perdas no governo Lula. De acordo com a CUT, este índice deveria ser reajustado em 45% desde o Governo FHC. A entidade vai propor novas alíquotas para a tabela do IR, baseadas em estudo em elaboração pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que será apresentado no final do mês.

Em entrevista à Agência Brasil, Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da CUT, disse que a mobilização (passeata no dia 6 de dezembro em Brasília) é para garantir a aprovação junto ao Legislativo e Executivo das propostas das centrais. "Nós esperamos que haja um entendimento por parte do governo e do Congresso Nacional da importância da elevação do salário mínimo, tanto para a questão do desenvolvimento econômico quanto da distribuição de renda".

De acordo com ele, as duas medidas beneficiariam o conjunto dos trabalhadores. "Isso atinge uma quantidade muito grande de pessoas, não só [as] que ganham o [salário] mínimo, mas também do mercado informal e aposentadoria", afirmou.

Antônio Carlos dos Reis, presidente nacional da CGT, disse não esperar por uma negociação fácil com o governo federal. "Toda negociação é difícil, porque o governo prioriza algumas questões e muitas vezes não prioriza dar um salário mínimo adequado ou fazer correção da tabela do IR que signifique ter que diminuir a arrecadação".

Ele defende a discussão de uma tabela do IR mais social. "Não é possível uma pessoa que ganha R$ 1.300 pagar 15% do seu salário em imposto de renda", criticou.

As centrais pretendem reunir-se novamente em São Paulo, no próximo dia 27, para acertar os preparativos para a mobilização nacional de dezembro. Dois dias depois (29), as centrais pretendem realizar manifestações nos estados.





Fonte: Agência Brasil

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