Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 09 de Novembro de 2006 às 08:57

    Imprimir


O mais otimista em relação aos rumos da investigação é outro sub-relator, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Ele acredita que algumas cassações serão inevitáveis e lembra: "Uma parte considerável a gente eliminou nas eleições".

De fato, dos 72 parlamentares acusados pela CPI, apenas seis deputados - João Magalhães (PMDB-MG), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Raimundo Santos (PL-PA), Welington Fagundes (PL-MT) e Wellington Roberto (PL-PB) - e dois senadores - Serys Slhessarenko (PT-MT), e Magno Malta (PL-ES) - continuarão exercendo seus mandatos na próxima legislatura. Dos outros dois senadores envolvidos, Ney Suassuna (PMDB-PB) não conseguiu a reeleição e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que está em fim de mandato, foi derrotado na disputa pelo governo estadual.

Ao final da atual legislatura, todos os processos de cassação serão arquivados. No próximo mandato, no entanto, qualquer parlamentar ou partido poderá solicitar a reabertura para os reeleitos.

Sub-relator no caso do dossiê e na questão da compra de ônibus superfaturados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Gabeira garante que conseguirá concluir seus relatórios no prazo e diz que a maior dificuldade tem sido enfrentada na questão da saúde. Gabeira acredita que as investigações não resultarão em punição de ex-ministros, mas serviram como aprendizado para que a corrupção na saúde seja reduzida nos próximos governos.

"Ouvir os ministros possibilita ter uma visão geral e tirar sugestões, porque dificilmente vamos incriminar um ministro", diz ele. "Vamos tirar sugestões para que não haja tanta corrupção na saúde e prepararemos um relatório sobre isso", acrescenta o deputado.

Ele, admite, no entanto, que dificilmente os depoimentos que serão colhidos pela comissão antes da apresentação do relatório final trarão à tona informações novas. "Não espero grandes descobertas agora, mas espero que a gente consiga reunir uma espécie de massa crítica para evitar a corrupção no próximo governo. Evitar pelo menos nesse nível, porque a Organização Mundial de Saúde vem ao Brasil fazer um exame da situação da saúde no país e da corrupção e a gente vai tentar aproveitar esse movimento para dar uma mexida".





Fonte: 24HorasNews

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/261948/visualizar/