Piloto confirma à PF contato telefônico com Valdebran
O piloto Tito Lívio Ferreira da Silva Júnior, de 50 anos, 33 anos de profissão, falou por cerca de uma hora com o delegado Diógenes Curado, que veio de Cuiabá para saber o contato dele e do dono da empresa MS Táxi Aéreo, Arlindo Barbosa, com os personagens do escândalo e com quem falaram sobre o fretamento de uma aeronave. À imprensa ambos confirmaram contato apenas com Valdebran.
Após o depoimento, Silva Júnior contou que estava em São Paulo, com um Carajás com capacidade para dez passageiros e prefixo PTENM da MS Táxi Aéro para revisão. O dono da empresa avisou-o que faria um vôo de lá a Cuiabá e passou como contatos com Valdebran telefones do Hotel Íbis. O fretamento custaria R$ 16 mil.
Isso ocorreu no dia 13 de setembro, quando o piloto confirmou informações sobre o vôo com Valdebran. Foram quatro ligações. No dia 14 ocorreu uma tentativa sem sucesso. No dia 15, já preso, Valdebran não teve mais contato. Conforme Silva Júnior, no dia 16, logo cedo, o dono da empresa mandou que ele voltasse a Campo Grande porque “a história estava estranha”.
O piloto disse que soube das prisões e do escândalo no dia 17, já em MS, pela imprensa. Ele disse ter sido questionado pelo delegado sobre ligações com o PT, que foram negadas. O piloto informou ser filiado ao PSDB e disse que se soubesse com quem tratava sobre o vôo não teria feito.
Conforme o piloto, a aeronave ficou no Campo de Marte, de onde decolaria para levar Valdebran. Ele disse desconhecer se mais alguém voaria. Em 25 de agosto, Silva Júnior pilotava uma aeronave levando o deputado estadual Waldir Neves e o deputado estadual eleito Reinaldo Azambuja, ambos tucanos, quando se envolveram em um acidente sem gravidades em Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai. O piloto informou ao delegado que por conta do episódio tem recebido uma série de ligações do Departamento de Aviação Civil de Brasília.
Empresário- O dono da MS Táxi Aéreo também disse à imprensa que teve apenas contatos com Valdebran, por telefone. Foi pela quebra de sigilo telefônico do petista que a Polícia Federal chegou à empresa de MS. Barbosa disse que não houve detalhamento sobre o transporte, apenas definição do valor do fretamento.
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