Ensino profissionalizante pode ganhar financiamento específico

O Ministério da Educação (MEC) vai apoiar a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS) de criação de um fundo de financiamento específico para a educação profissionalizante. O projeto, apresentado neste semana na 1º Conferência Nacional de Educação Tecnológica, propõe deslocar R$ 5 bilhões em recursos federais para o Fundo de Desenvolvimento da Educação Profissional.

A proposta prevê que esta quantia viria do Imposto de Renda (IR), do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). De acordo com Paim, seriam 2% da arrecadação do IR e do IPI e 3% dos recursos do PIS/Pasep.

A verba seria repassada para escolas públicas ou privadas que possuem ensino profissionalizante. O senador acredita que o número de matrículas triplicaria após três anos da criação do Fundo. "O MEC apoiou a proposta e isso facilita o nosso trabalho. A grande revolução na educação precisa passar pelo ensino técnico profissionalizante", disse.

O projeto já foi enviado ao Senado e não deve demorar a ser votada. "Já conversei e a oposição está de acordo, desde que não seja nada estapafúrdio, e não é", disse o senador.