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Meio Ambiente
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 14:32

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Médicos britânicos injetarão células-tronco do próprio paciente em pessoas que têm problemas do coração no prazo máximo de cinco horas após sofrer um ataque cardíaco, como parte de um tratamento médico revolucionário.

Acredita-se que células-tronco extraídas da medula óssea do quadril podem ser utilizadas para reparar os danos sofridos pelo músculo cardíaco em um caso desse tipo e prevenir novos ataques cardíacos, que tendem a ser ainda mais perigosos do que o primeiro.

O experimento, que foi noticiado hoje em vários meios de comunicação britânicos, será realizado em dois hospitais londrinos: o University College London Hospital e o Barts and the London.

Os especialistas baseiam suas esperanças em experimentos com animais e estudos clínicos realizados na Europa, e tentam agora mostrar que o tratamento funciona.

As células-tronco extraídas da medula óssea têm a capacidade de se desenvolver e se transformar em outros tipos de célula e, neste caso, os especialistas esperam que elas se convertam em variedades capazes de recuperar o músculo cardíaco.

Aproximadamente 108 mil britânicos morrem a cada ano de ataques cardíacos e, atualmente, há cerca de 660 mil sobreviventes desse tipo de complicação.

Nos últimos dez anos, a angioplastia primária - técnica usada para limpar as artérias obstruídas dos pacientes que sofreram um ataque cardíaco - serviu para reduzir o risco de morte imediatamente após um infarto, mas a ocorrência de complicações a longo prazo não foi solucionada.

Cem pacientes participarão do experimento, no qual os médicos combinarão a angioplastia primária com uma injeção de células-tronco em uma tentativa de lutar simultaneamente contra os dois problemas: a curto e a longo prazo.

Após a angioplastia, serão injetadas na artéria já desobstruída do paciente as células de sua medula óssea.

"Uma vez que as células são extraídas dos próprios pacientes, a operação quase não apresenta problemas do ponto de vista ético. Além disso, as possibilidades de complicações por rejeição são muito menores", afirma um dos especialistas envolvidos, o médico Anthony Mathur.





Fonte: EFE

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