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ENTREVISTA-Yeda procura Lula e reclama poder no PSDB nacional
À frente de uma campanha solitária no primeiro turno, ela surpreendeu ao saltar do terceiro lugar nas pesquisas para uma vitória na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, quinto maior colégio eleitoral do país.
Agora, Yeda Crusius reclama um espaço no comando nacional do PSDB, há muito controlado pelos mesmos políticos, e faz movimentos para se firmar internamente como liderança forte e representativa.
"A vitória do Rio Grande do Sul como economia e como política muda o quadro nacional e eu quero ser ativista nesse campo", afirmou Yeda nesta terça-feira em entrevista à Reuters.
Ela está em Brasília por dois dias e já incluiu na pauta da visita uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Vou fazer hoje minha primeira ligação formal (ao presidente) como governadora eleita", antecipou. Ela não sabe quando será o encontro com Lula, mas pedirá ajuda para arrumar as contas do Estado, hoje deficitário.
Yeda voltará à capital do país na próxima semana para uma reunião geral do PSDB com o objetivo de avaliar as vitórias locais e a derrota do partido na disputa pelo Planalto.
A governadora eleita faz questão de diferenciar o papel de seu partido como oposição no Congresso e a necessária relação dos governos estaduais com o presidente da República, independente de divergências políticas.
"Seremos oposição parlamentar forte, sim. Isso em nada prejudica a função executiva dos governadores junto à Presidência da República", defendeu.
Assumir um lugar de destaque no cenário político nacional é o seu maior objetivo partidário. Como ela mesma define, uma "missão" que saiu das urnas e que recoloca o Estado no centro das decisões.
Animada, a governadora gaúcha diz ter "gosto pela administração partidária", mas descarta a intenção de lançar seu nome ao comando da legenda. O atual mandato do presidente da sigla, senador Tasso Jereissatti (CE), acaba em novembro de 2007.
Ela não esconde o misto de orgulho e pesar de ter lutado durante meses em uma campanha desacreditada pelos próprios colegas de legenda. Até à véspera da eleição, ela aparecia nas sondagens em terceiro lugar, atrás do governador Germano Rigotto (PMDB) e do petista Olívio Dutra.
"Fiz uma campanha sozinha no primeiro turno. Eles não percebiam esse potencial, talvez porque a voz que dizia ''eu vou ganhar'' era de uma mulher. Eu não vou falar grosso, não vou bater na mesa", prometeu.
"LULA PEGOU NOSSAS BANDEIRAS"
Apesar do resultado nacional, o PSDB saiu vitorioso nestas eleições no plano regional, conquistando nas urnas cerca de 50 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. É sobre esse cenário que ela chama os colegas à reflexão. O "grande teste", segundo Yeda, será a eleição municipal de 2008.
"Temos de nos organizar nos municípios já com um projeto alternativo, pois o Lula veio e pegou nossas bandeiras".
A principal tarefa do tucanato, agora, é evitar que o petista seja lembrado na história como o presidente que levou o país à estabilidade econômica.
"Eu exijo do meu partido uma política de comunicação para que isso não seja registrado como verdade", cobrou, dizendo que esse mérito foi do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não do adversário.
Agora, Yeda Crusius reclama um espaço no comando nacional do PSDB, há muito controlado pelos mesmos políticos, e faz movimentos para se firmar internamente como liderança forte e representativa.
"A vitória do Rio Grande do Sul como economia e como política muda o quadro nacional e eu quero ser ativista nesse campo", afirmou Yeda nesta terça-feira em entrevista à Reuters.
Ela está em Brasília por dois dias e já incluiu na pauta da visita uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Vou fazer hoje minha primeira ligação formal (ao presidente) como governadora eleita", antecipou. Ela não sabe quando será o encontro com Lula, mas pedirá ajuda para arrumar as contas do Estado, hoje deficitário.
Yeda voltará à capital do país na próxima semana para uma reunião geral do PSDB com o objetivo de avaliar as vitórias locais e a derrota do partido na disputa pelo Planalto.
A governadora eleita faz questão de diferenciar o papel de seu partido como oposição no Congresso e a necessária relação dos governos estaduais com o presidente da República, independente de divergências políticas.
"Seremos oposição parlamentar forte, sim. Isso em nada prejudica a função executiva dos governadores junto à Presidência da República", defendeu.
Assumir um lugar de destaque no cenário político nacional é o seu maior objetivo partidário. Como ela mesma define, uma "missão" que saiu das urnas e que recoloca o Estado no centro das decisões.
Animada, a governadora gaúcha diz ter "gosto pela administração partidária", mas descarta a intenção de lançar seu nome ao comando da legenda. O atual mandato do presidente da sigla, senador Tasso Jereissatti (CE), acaba em novembro de 2007.
Ela não esconde o misto de orgulho e pesar de ter lutado durante meses em uma campanha desacreditada pelos próprios colegas de legenda. Até à véspera da eleição, ela aparecia nas sondagens em terceiro lugar, atrás do governador Germano Rigotto (PMDB) e do petista Olívio Dutra.
"Fiz uma campanha sozinha no primeiro turno. Eles não percebiam esse potencial, talvez porque a voz que dizia ''eu vou ganhar'' era de uma mulher. Eu não vou falar grosso, não vou bater na mesa", prometeu.
"LULA PEGOU NOSSAS BANDEIRAS"
Apesar do resultado nacional, o PSDB saiu vitorioso nestas eleições no plano regional, conquistando nas urnas cerca de 50 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. É sobre esse cenário que ela chama os colegas à reflexão. O "grande teste", segundo Yeda, será a eleição municipal de 2008.
"Temos de nos organizar nos municípios já com um projeto alternativo, pois o Lula veio e pegou nossas bandeiras".
A principal tarefa do tucanato, agora, é evitar que o petista seja lembrado na história como o presidente que levou o país à estabilidade econômica.
"Eu exijo do meu partido uma política de comunicação para que isso não seja registrado como verdade", cobrou, dizendo que esse mérito foi do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não do adversário.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262412/visualizar/
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